O número de animais silvestres vítimas de atropelamento tem aumentado na região de Campinas. As ocorrências são mais comuns em trechos de mata e cursos d’água, principalmente na parte noturna, com menor visibilidade dos motoristas.
A informação é da entidade Mata Ciliar, ONG que atua na defesa dos animais silvestres, promovendo socorro, remoção, tratamento e encaminhamentos. De acordo com dados fornecidos pela organização não-governamental, em dezembro de 2023, por exemplo, o setor de acolhimento da Mata Ciliar registrou a chegada de 42 animais silvestres vítimas de atropelamentos, um aumento de mais de 82% em comparação ao mês de novembro, com 23 indivíduos.
Neste ano, segundo a Mata Ciliar, já foram registradas 12 vítimas, sendo o último um tatu-galinha adulto, atropelado em Vinhedo e entregue pela Guarda Municipal, no sábado, dia 6 de janeiro.
“Infelizmente, devido aos graves ferimentos, o tatu não sobreviveu. Cabe aos motoristas também assumirem uma postura mais responsável ao trafegar por áreas onde há matas e cursos d’água, principalmente à noite, redobrando a atenção nesses locais onde há maior ocorrência de fauna”, explica a direção da associação.
A Mata Ciliar tem o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, o Cras. Seu telefone é (11) 4815-5777.
Se você atropelar ou ver um animal em sofrimento, ligue para a Guarda Municipal de sua cidade, Corpo de Bombeiros ou para a Polícia Ambiental.
A Associação Mata Ciliar (AMC) é uma entidade sem fins lucrativos declarada de Utilidade Pública Federal e que desde 1987 desenvolve diversas ações para a conservação da biodiversidade. Durante esse período foram diversos desafios enfrentados e conquistas alcançadas sempre em parceria com instituições privadas, poder público e com a sociedade.
Ela tem duas unidades: Jundiaí (coordenadoria de Fauna e Educação Ambiental) e Pedreira (sede administrativa).
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