Se para a economia em geral, 2020 foi um ano de retração e perdas, no mundo pet a crise não conseguiu impedir a sequência de alta de faturamento. Com um crescimento de 13,5% na comparação com 2019, o setor movimentou algo perto de R$ 40 bilhões. A participação global do Brasil no mercado coloca o país na terceira posição, atrás de Estados Unidos e China.
De acordo com o Instituto Pet Brasil (IPB), somente entre 2015 e 2019 o número de empresas atuantes no varejo e serviços pet saltou cerca de 17%. Só em 2019 foram contabilizados 252 mil estabelecimentos atuando no setor pet brasileiro.
De acordo com números levantados pelo IBGE e atualizados pela inteligência comercial do Instituto Pet Brasil, em 2018 foram contabilizados no país 54,2 milhões de cães; 39,8 milhões de aves; 23,9 milhões de gatos; 19,1 milhões de peixes e 2,3 milhões de répteis e pequenos mamíferos. A estimativa total chega a 139,3 milhões de animais de estimação. Em 2013, a população pet no Brasil era de cerca de 132,4 milhões de animais, últimos dados disponíveis quando a consulta foi feita pelo IBGE.
O destaque vai para o crescimento de casas que escolhem o gato como animal de estimação. No acumulado, esse foi o animal que mais cresceu, com alta de 8,1% desde 2013. Em seguida, os pets que acumularam maior crescimento nos lares brasileiros foram os peixes com 6,1%. Répteis e pequenos mamíferos registraram alta de 5,7%; aves, 5% e cães, crescimento de 3,8% em sua população. A média geral é de 5,2%.
O levantamento também mapeou onde estão os pets por estado e regiões do Brasil. Em 2018, a maior concentração de animais de estimação esteve na região Sudeste, com 47,4%. Em seguida está o Nordeste com 21,4%; Sul 17,6%; Centro-Oeste com 7,2% e Norte com 6,3%.
Também é possível traçar um perfil da concentração de animais por unidade e por categoria, entre cães, gatos, aves e peixes. A maior concentração de gatos no país está nos estados de São Paulo (21,6%), Rio de Janeiro (9,1%), Minas Gerais (7,2%) e Rio Grande do Sul (7,2%). Em relação aos cães, nota-se maior representatividade nos estados de São Paulo (24,5%) e Minas Gerais (10,0%).