Com a amarga derrota por 3 a 0 para a Chapecoense, a maior sofrida desde a semana que antecedeu o trágico rebaixamento no Campeonato Paulista, em março deste ano, a Ponte Preta perdeu mais uma vez a chance de conquistar duas vitórias consecutivas pela primeira vez na temporada.
Nesse contexto, a equipe do técnico Hélio dos Anjos completou 10 rodadas de absoluta oscilação na Série B, alternando religiosamente vitórias dentro de casa com tropeços como visitante, o que vem sendo suficiente para afastar o risco de rebaixamento, mas acaba comprometendo o sonho de uma arrancada final rumo ao acesso.
Essa montanha-russa de resultados começou no fim de julho, quando a Macaca venceu o Náutico por 1 a 0 no estádio Moisés Lucarelli e logo depois perdeu para o Grêmio por 2 a 1 em Porto Alegre, na virada do primeiro para o segundo turno da competição.
A sequência de instabilidade continuou no início de agosto, com a grande vitória por 3 a 0 sobre o Operário no Majestoso, a maior da equipe em toda a temporada, sucedida pelo empate em 1 a 1 com o CRB em Maceió.
Depois, a Ponte Preta mostrou força e superou o Vasco por 3 a 1 no Majestoso, numa inédita vitória sobre um postulante ao acesso, começando a sonhar com a possibilidade do acesso, embora bastante remota. No entanto, logo em seguida, o torcedor pontepretano tomou um balde de água fria, com a derrota por 2 a 1 para o Brusque, em Santa Catarina.
A Macaca também não conseguiu engrenar depois da vitória por 1 a 0 sobre o Guarani, no Dérbi 204, diante de mais de 16 mil torcedores presentes nas arquibancadas do Majestoso. Ao menos, na rodada seguinte, a equipe alvinegra evitou o pior e salvou um ponto contra o Novorizontino, buscando o gol de empate nos minutos finais do duelo em Novo Horizonte.
No mais recente capítulo dessa oscilante série de alternância de resultados bons e ruins, a Ponte Preta começou conquistando a sua milésima vitória no Majestoso ao derrotar outro time do G4, desta vez o vice-líder Bahia. A vitória por 2 a 0, na última quarta-feira (31), quebrou um jejum de 14 anos contra o adversário baiano.
As esperanças renovadas com o grande triunfo sobre o vice-líder Bahia foram ofuscadas pela acachapante derrota por 3 a 0 para a Chapecoense, no último sábado (3), na Arena Condá, em Chapecó, no interior de Santa Catarina, pela 28ª rodada da Série B.
Embora esteja a uma distância segura da zona de rebaixamento, muito perto da salvação, com 36 pontos, seis de vantagem sobre o Operário, que abre a degola, a Ponte Preta ocupa apenas a 11ª colocação e não consegue sair do meio da tabela para efetivamente para brigar pelo acesso, mesmo com os constantes deslizes do Grêmio e do Vasco, que abre o G4, com 45 pontos, nove acima da Macaca.
Nas próximas duas semanas, a Ponte Preta poderá praticamente sepultar qualquer chance de queda e, de quebra, ainda se colocar finalmente como candidata ao acesso, mudando a realidade atual de um tropeço a cada duas rodadas.
Isso porque terá pela frente uma sequência de dois compromissos dentro de casa, a começar pelo duelo contra o Sport Recife, no feriado da próxima quarta-feira (7), data que marca a comemoração do bicentenário da Independência do Brasil. A partida acontece às 19h, no estádio Moisés Lucarelli.
Depois disso, no dia 13 (terça-feira), às 21h30, a Macaca receberá o Ituano, novamente no Majestoso, podendo dormir a apenas três pontos do G4, em caso de lição de casa em dose dupla e derrota do Vasco para o Grêmio no domingo (11), em confronto direto em Porto Alegre.