A Organização das Nações Unidas (ONU) destaca que o mundo vive um dos anos mais difíceis já registrados em termos de necessidades humanitárias. O alerta é do subsecretário-geral de Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.
No ano passado, 69 milhões de pessoas viviam nessa situação, o dobro do mesmo período em 2019. Muitas delas se recuperavam da pandemia. Martin Griffiths alerta que o momento é uma oportunidade para a comunidade humanitária aumentar o financiamento para a meta anual de US$ 1 bilhão.
O subsecretário-geral explicou o conceito de capacidade de resposta rápida no qual “as organizações humanitárias podem entrar em ação assim que ocorrer uma emergência”.
Nesta atuação, o princípio do Fundo Central de Resposta de Emergência é atuar de forma imparcial e independente e “a ajuda fornecida é impulsionada apenas pela necessidade”.
O chefe humanitário enfatizou o atendimento dado a mulheres, pessoas com deficiência e outros grupos vulneráveis em crises negligenciadas onde se “priorizam suas necessidades”.
De acordo com as Nações Unidas, as mulheres e meninas equivalem a mais da metade dos beneficiários do financiamento liberado em 2020.
O Fundo é ainda o maior doador direto para programas humanitários que respondem à violência de gênero.
Um dos exemplos de ajuda é a atuação na seca na Somália. Uma intervenção-piloto permitiu que famílias locais alimentassem as crianças sem ter que vender os ativos com que contam para sobreviver. A iniciativa está em andamento em 11 países. (Agência ONU News)