A direção do Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nota condenando o assassinato do militante do partido Marcelo Arruda, tesoureiro da legenda em Foz do Iguaçu, na noite do último sábado. O petista foi morto por um homem que invadiu a festa de seu aniversário de 50 anos na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu. Arruda era guarda municipal. No evento estavam amigos e parentes dele. O crime foi gravado por câmeras de segurança.
O assassino é o agente penitenciário Jorge da Rocha Guaranho, 38 anos. Boletim de ocorrência na polícia aponta que ele gritou “aqui é Bolsonaro” antes de atirar. Nas redes sociais, o agente defende pautas do governo Jair Bolsonaro. A festa tinha adereços do PT e fotos do candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Para a cúpula do partido, o ataque é um ato de “violência política” derivado de “ódio e intolerância”.
O PT entende que o “discurso” de Bolsonaro favorece atitudes violentas de “quaisquer pessoas ensandecidas por esse projeto de morte e destruição”. A nota é assinada pela presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, e pelo coordenador nacional setorial de Segurança Pública do partido, Abdael Ambruster.
Nos vídeos que circularam pelas redes sociais, o atirador atinge o guarda municipal, que revida. O agressor é inclusive derrubado por uma mulher que estava na festa. A princípio, imaginava-se que ele tinha morrido, já que um convidado do evento chuta ele na cabeça, sem reação. Depois, segundo a polícia, soube-se que foi levado para o hospital. Não há informações de seu estado de saúde.
Nas últimas semanas, vários episódios de violência têm sido registrados no contexto das eleições de 2022. Analistas afirmam que elas serão as mais sangrentas e violentas da história por conta da forte polarização na sociedade.