PUBLICIDADE
21 de maio de 2025
O SEU PORTAL DE NOTÍCIAS, ANÁLISE E SERVIÇOS
  • WHATSAPP
ANUNCIE
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Informação e análise com credibilidade
  • ÚLTIMAS
  • CIDADE E REGIÃO
  • COLUNISTAS
  • ARTE E LAZER
  • OPINIÃO
  • ESPORTES
  • EDUCAÇÃO E CIDADANIA
  • SAÚDE E BEM-ESTAR
  • BRASIL E MUNDO
  • ECONOMIA E NEGÓCIOS
  • TURISMO
  • VEÍCULOS
  • PET
  • FALECIMENTOS
  • NOSSO TIME
  • ÚLTIMAS
  • CIDADE E REGIÃO
  • COLUNISTAS
  • ARTE E LAZER
  • OPINIÃO
  • ESPORTES
  • EDUCAÇÃO E CIDADANIA
  • SAÚDE E BEM-ESTAR
  • BRASIL E MUNDO
  • ECONOMIA E NEGÓCIOS
  • TURISMO
  • VEÍCULOS
  • PET
  • FALECIMENTOS
  • NOSSO TIME
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Informação e análise com credibilidade
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Home Colunistas

O acesso no SUS e no sistema complementar

Carmino de Souza Por Carmino de Souza
13 de dezembro de 2021
em Colunistas
Tempo de leitura: 4 mins
A A
O acesso no SUS e no sistema complementar

No último dia oito de outubro, participei a convite do Instituto “Lado a Lado pela Vida” do Global Forum – Fronteiras da Saúde para discutir um tema provocativo e polêmico cujo título era o seguinte: “O custo da saúde nos sistemas público e privado: precisamos mesmo ter dois mundos tão diferentes?” Na tntrodução feita pelo moderador haviam as seguintes premissas: “Segundo a OMS, os governos federais fornecem, em média, 51% dos gastos com saúde de um país enquanto 35% são pagãos pelos habitantes. O Brasil gasta 8% de seu PIB em saúde, dos quais 4,4% vêm dos gastos privados e 3,8%, de gastos públicos. Portanto, por mais que o país forneça um sistema universal de saúde a seus cidadãos, a maior parte do dinheiro ainda é proveniente de gastos privados”.

Eu começaria dizendo que concordo com a premissa de que faltam recursos para a saúde pública e que o governo federal vem gradualmente se retirando do financiamento e transferindo esta responsabilidade aos entes subnacionais, isto é, aos Estados e Municípios. Até hoje, após 30 anos da Constituição Federal que criou o SUS, não se fixou um percentual mínimo de alocação de recursos pelo governo federal, mesmo já tendo passado vários governos, de várias tendências políticas, sem que isto se resolvesse.

 

Na grande maioria dos países, os recursos para a saúde são alocados, principalmente, pelo governo central. Aos municípios, por exemplo, cabe a governança, zeladoria, atenção primária e urgência/emergência (em grandes municípios, apenas).

 

A participação federal no financiamento do SUS caiu de cerca de 70% para menos de 30% neste período. Entretanto, este tema é muito mais amplo e complexo do que apenas dinheiro. Eu sempre digo e discuto com meus colegas e colaboradores de que não podemos iniciar qualquer debate pelos recursos. Isto empobrece a discussão, “dinheiro é meio e não fim”. Assim, vou elencar alguns fatores fundamentais à dificuldade de gestão da saúde bem como algumas ideias para melhorar a utilização dos recursos.

Como está amplamente demonstrado, os custos da saúde são crescentes e a inflação da saúde é sistematicamente superior a inflação geral. O SUS opera através das pactuações entre os três entes federados e em vários níveis onde novos procedimentos, fármacos, exames, etc. são incorporados. Para que isto ocorra de maneira adequada e viável, há necessidade de que as políticas públicas sejam baseadas na ciência, ciência com dados maduros e amplamente confirmados. Devemos ter sempre o conceito da essencialidade do atendimento para garantir o mínimo suficiente e adequado aos cidadãos, preconizado e divulgado pela OMS (por exemplo, os fármacos oncológicos).

Devemos sempre tratar a exceção como exceção e, se possível, administrativamente, evitando a judicialização. O sistema de pagamentos do SUS (Ministério da Saúde) deve ser completamente revisto e isto é uma decisão política. O SUS deve promover, como em sua origem, uma ampla contratualização do sistema, incluindo os serviços e os programas, deixando de lado sistemas antigos e superados de financiamento como, por exemplo, a utilização das APACs (remanescentes do extinto Inamps). É impossível ajustar este sistema que se transformou em uma “colcha de retalhos”. O sistema deve ter o máximo de transparência para que a sociedade possa acompanhar a sua evolução.

Sabemos que em todos os países do mundo há algum grau de desperdício na gestão da saúde. Em sua grande maioria, isto está em torno de 10%. Vários fatores são responsáveis pelas perdas e cada gestor deve avaliar dentro de seu espectro de responsabilidade onde estão estes problemas e como corrigi-los. Ter dois sistemas de saúde não é, a meu ver, um problema. Muitos países têm e funcionam bem. Porém, estes sistemas devem ser harmonizados. Sabemos que o SUS vai muito além da assistência médica. O SUS engloba atividades de estado como a vigilância em saúde, programas especiais de grande qualidade e impacto social (sangue, transplantes, HIV, regulação de serviços, PNi etc.), atenção primária em todos os mais de 5 mil municípios (mesmo em regiões distantes e de difícil acesso) dentre muitas outras ações.

 

Minha experiência é que esta complementariedade é sempre possível, mas deve ser promovida pelo gestor público dentro das necessidades de sua população.

 

Na pandemia do SarsCov2, ficou claro que estes sistemas podem ser solidários e, realmente, complementares. Devemos lembrar que o Brasil é um país imenso, continental, heterogêneo e muito desigual. A “SUS dependência” é muito variável. Temos percentual de dependência em torno de 50% nos grandes centros (principalmente na assistência médica) crescendo até 100% nas cidades do Interior e de menor porte e em todos os estados brasileiros, sem exceção.

Algumas atividades, como a vigilância em saúde, este percentual é de 100% para todos. Nas vacinas e nos transplantes, para dar exemplos extremos de complexidade, este percentual é superior a 90%. Importante, ainda, é criarmos instâncias regionais e/ou metropolitanas de gestão do SUS para respeitar e decidir dentro das várias realidades do País.

Finalmente, não devemos esquecer da educação em saúde para o SUS e sistema complementar. Nossos jovens profissionais devem conhecer a realidade social onde exercerão seu trabalho para lutar por um constante aperfeiçoamento do bem-estar de nossa população. Recursos são fundamentais, mas devemos saber o que fazer com eles.

 

Carmino Antonio de Souza é professor titular da Unicamp. Foi secretário de saúde do estado de São Paulo na década de 1990 (1993-1994) e da cidade de Campinas entre 2013 e 2020.

Tags: Carmino de SouzacolunistasHora CampinasLetra de Médicopolíticas públicasSaúde públicasus
CompartilheCompartilheEnviar
Carmino de Souza

Carmino de Souza

Letra de Médico

Notícias Relacionadas

PL da Devastação é o Brasil do atraso – por José Pedro Martins
Colunistas

PL da Devastação é o Brasil do atraso – por José Pedro Martins

Por José Pedro Martins
21 de maio de 2025

...

Bebê reborn e sanidade mental – por Thiago Pontes
Colunistas

Bebê reborn e sanidade mental – por Thiago Pontes

Por Thiago Pontes
20 de maio de 2025

...

Condições do imóvel para devolução ao locador – por Renato Ferraz Sampaio Savy

Condições do imóvel para devolução ao locador – por Renato Ferraz Sampaio Savy

20 de maio de 2025
Para não esquecer: o impacto da pandemia de Covid-19 na Atenção Básica à Saúde – por Carmino de Souza

Para não esquecer: o impacto da pandemia de Covid-19 na Atenção Básica à Saúde – por Carmino de Souza

19 de maio de 2025
Que tal ser parte da mudança que queremos ver no mundo? – por Luis Norberto Pascoal

Que tal ser parte da mudança que queremos ver no mundo? – por Luis Norberto Pascoal

16 de maio de 2025
Conferência Nacional do Meio Ambiente reiterou desafios – por José Pedro Martins

Conferência Nacional do Meio Ambiente reiterou desafios – por José Pedro Martins

14 de maio de 2025
Carregar Mais












  • Avatar photo
    Carmino de Souza
    Letra de Médico
  • Avatar photo
    Cecília Lima
    Comunicar para liderar
  • Avatar photo
    Daniela Nucci
    Moda, Beleza e Bem-Estar
  • Avatar photo
    Gustavo Gumiero
    Ah, sociedade!
  • Avatar photo
    Ivo Neves
    Pequena empresa que pensa grande
  • Avatar photo
    José Pedro Martins
    Hora da Sustentabilidade
  • Avatar photo
    Karine Camuci
    Você Empregado
  • Avatar photo
    Kátia Camargo
    Caçadora de Boas Histórias
  • Avatar photo
    Luis Norberto Pascoal
    Os incomodados que mudem o mundo
  • Avatar photo
    Luis Felipe Valle
    Versões e subversões
  • Avatar photo
    Márcia Romão
    Saúde Emocional
  • Avatar photo
    Renato Savy
    Direito Imobiliário e Condominial
  • Avatar photo
    Retrato das Juventudes
    Sonhos e desafios de uma geração
  • Avatar photo
    Thiago Pontes
    Ponto de Vista

Mais lidas

  • Destinos charmosos no Interior de São Paulo para um bate e volta

    Destinos charmosos no Interior de São Paulo para um bate e volta

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
  • Artigo:  Analfabetismo funcional tem rosto, nome e exige respeito – por Vanessa Crecci 

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
  • Entre prédios e patrimônios: a disputa silenciosa pelo Centro histórico de Campinas

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
  • Uma pessoa morre em acidente com motocicleta na SP 101

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
  • Guarani escapa da lanterna, mas obtém pior colocação sob o comando de Fernandes

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
Hora Campinas

Somos uma startup de jornalismo digital pautada pela credibilidade e independência. Uma iniciativa inovadora para oferecer conteúdo plural, analítico e de qualidade.

Anuncie e apoie o Hora Campinas

VEJA COMO

Editor-chefe

Marcelo Pereira
marcelo@horacampinas.com.br

Editores de Conteúdo

Laine Turati
laine@horacampinas.com.br

Maria José Basso
jobasso@horacampinas.com.br

Silvio Marcos Begatti
silvio@horacampinas.com.br

Reportagem multimídia

Gustavo Abdel
abdel@horacampinas.com.br

Leandro Ferreira
fotografia@horacampinas.com.br

Marketing e Comunicação

Pedro Basso
pedrobasso@horacampinas.com.br

Para falar conosco

WhatsApp

(19) 9 9880-3040

Canal Direto

atendimento@horacampinas.com.br

Redação

redacao@horacampinas.com.br

Departamento Comercial

atendimento@horacampinas.com.br

Noticiário nacional e internacional fornecido por Agência SP, Agência Brasil, Agência Senado, Agência Câmara, Agência Einstein, Travel for Life BR, Fotos Públicas, Agência Lusa News e Agência ONU News.

  • WHATSAPP

Hora Campinas © 2021 - Todos os Direitos Reservados - Desenvolvido por Farnesi Digital - Marketing Digital Campinas.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

Sem Resultados
Ver todos os resultados
  • ÚLTIMAS
  • CIDADE E REGIÃO
  • COLUNISTAS
  • ARTE E LAZER
  • OPINIÃO
  • ESPORTES
  • EDUCAÇÃO E CIDADANIA
  • SAÚDE E BEM-ESTAR
  • BRASIL E MUNDO
  • ECONOMIA E NEGÓCIOS
  • TURISMO
  • VEÍCULOS
  • PET
  • FALECIMENTOS
  • NOSSO TIME

Hora Campinas © 2021 - Todos os Direitos Reservados - Desenvolvido por Farnesi Digital - Marketing Digital Campinas.