Quando um time passa o Dérbi sem perder jogador ou integrante da comissão técnica por expulsão já é uma conquista. Agora, não ter nenhum atleta advertido por cartão amarelo no duelo é um fato praticamente impossível de acontecer em razão da rivalidade e intensidade na disputa dentro de campo. Entretanto, foi o que o Guarani conseguiu nos dois últimos clássicos disputados no Moisés Lucarelli. Tanto no jogo de domingo (20) quanto no do primeiro turno da Série B de 2023, todas as advertências foram dirigidas aos jogadores pontepretanos.
Na partida do ano passado, que terminou em 1 a 1, os “amarelados” foram Felipe Amaral, Jeh, Luiz Felipe, Fábio Sanches, Artur e Maílton. E no último Dérbi, Jeh, Hudson e Élvis foram advertidos, com o primeiro sendo expulso também. O jogo terminou 1 a 0 para o Guarani, que quebrou o jejum de 15 anos sem vitória sobre a Ponte Preta no Majestoso.
Em entrevista coletiva, antes do clássico, o zagueiro e capitão bugrino Matheus Salustiano chamou a atenção para a necessidade da manutenção da disciplina em campo.
“Precisamos ter cabeça fria, pois vão acontecer divididas fortes, excesso de vontade. Por isso, precisamos tomar cuidado para não nos prejudicarmos com expulsões ou cartões desnecessários”, comentou.
A Ponte Preta é o quinto time mais indisciplinado da Série B, com 97 cartões amarelos e sete vermelhos. Já o Guarani ocupa a 11ª posição na tabela, com 84 “amarelados” e seis expulsos.
O alviverde foi para o confronto de domingo com sete jogadores pendurados com dois cartões amarelos: o lateral-direito Pacheco, o zagueiro Douglas Bacelar, os volantes Gabriel Bispo, Anderson Leite, Matheus Bueno e Pierre e o atacante João Victor.
Agora, se um desses for advertido na partida de quinta-feira (24), às 21h30, contra o Sport, na Ilha do Retiro, será desfalque no próximo duelo, marcado para terça-feira (29), no Brinco de Ouro, diante do Novorizontino.

Repetição
Já se passaram dois dias, mas no Brinco de Ouro o assunto Dérbi não se esgota. Nesta terça-feira (22), o herói do clássico, Matheus Bueno, deu entrevista coletiva e lembrou de uma situação curiosa. Ele disse que quando jogava no sub-20 do Coritiba, marcou um gol contra a Ponte Preta em jogada parecida com a que fez dele o protagonista do duelo de domingo. No lance, ele dominou pela direita, fechou pelo meio e chutou de pé esquerdo da entrada da área para balançar a rede.
“A jogada foi parecida”, relembrou, destacando que o gol no Dérbi foi o primeiro de pé esquerdo na sua carreira como profissional.