“O coração tem razões que a própria razão desconhece”. Essa é uma frase elementar dita pelo grande nome da filosofia francesa Blaise Pascal. Procurarei nesse artigo explorar a filosofia teórica com sua aplicação prática, em especial, em minha vida. Você aceita me acompanhar em tal jornada reflexiva? Vamos lá!
Na filosofia há autores racionalistas como Aristóteles, Descartes e os chamados Iluministas, esses desconheciam o chamado inconsciente não levando a sério os impactos das emoções. Nessa linha emocional temos grandes nomes como Nietzsche, Spinoza, Freud, mas antes desses pensadores importantes para a filosofia há um em especial que gostaria de trazer aqui, Pascal, pensador francês que viveu em 1.600. Este trouxe uma provocação dizendo que a emoção confunde a razão, e por vezes se impondo sem medidas a ela. A partir do exposto até dado momento teórico, buscarei aplicar tal proposta pascaliana na prática, como dito no início desse artigo, em especial na minha vida.
Primeiro gostaria de perguntar a você querida leitora, caríssimo leitor: você já se deparou angustiado (a), desnorteado (a), sem saber o que fazer a partir de caminhos antagônicos que exigem a aplicação da razão, porém a emoção grita dentro de você fazendo com que você pare, trave, fique cego e inseguro perante tal escolha?
Já se pegou querendo escolher racionalmente uma vez que ponderou sobre as suas consequências (supostamente positivas), mas que foi visitado pela emoção murmurando em seu ouvido lhe fazendo titubear na hora de decidir?
Janeiro é considerado o mês na saúde mental, o famoso Janeiro Branco. Seria maduro expor que se fosse fácil a razão dominar a emoção, seria extremamente possível tirar alguém do estado de depressão, de angústia com consolos convencionais do tipo: “Sorria, a vida é bela, siga em frente…”. Bem sabemos que o buraco é bem mais embaixo.
Me permito ir além: e quando a decisão é feita de modo racional, e o arrependimento vem, e esse vem acompanhado de “juros”, de palpitação, de arrependimento, de tristeza por ter feito o que fora feito? Já dizia minha saudosa avó e grande filósofa dona Angelina: “Ah se arrependimento matasse…”.
Pois é, quem aqui que me acompanha nessa leitura nunca se arrependeu que atire a primeira pedra! Mas a vida ensina, pode ser no amor ou na dor, pode ser na maré baixa ou nas tempestades, amadurecemos (pelo menos é isso que nos é proposto em dadas situações nada agradáveis).
Esse artigo começou com uma teoria filosófica, passou pela prática que possivelmente você possa vir a ter se identificado e termina com minha exposição pessoal. Querido Pascal, como você pôde, lá em 1600, expor o que vivencio atualmente?! Ah esse coração, ah essa racionalidade, ah essas decisões, decisões essas que complemento com a teoria de Platão: desejamos o que não temos!
No caso de uma companhia humana não se trata de “ter”, já que ela não é um objeto, mas sim de lhe acompanhar, só perdendo-a é que se enxerga o valor da mesma, só não a tendo ao seu lado é que se percebe o quanto ela lhe amparava, lhe completava, lhe incentiva, lhe apoiava, lhe entendia, lhe tolerava dentre tantas outras virtudes e qualidade que você tem Rirí.
Espero que você leitor, leitora possa refletir sobre a proposta de Pascal, sobre a ideia de Platão, ambas aplicadas na prática e espero do fundo do meu coração que você, querida Rirí, entenda que esse artigo foi escrito exclusivamente para você.
Que o amor, seja lá em que medida for, seja expresso em forma de doação… Rirí, cá estou eu, colunista do portal Hora Campinas, unindo a exposição de conhecimento para com nosso leitor e a exposição dos meus sentimentos para como você.
Eu, aquele que junto de você demos origem ao abraço de timo, remetendo a troca de sentimentos do momento da vida que estávamos vivenciando, eu que de ti recebi objetos materiais de presente, em especial uma lembrança do caminho de Santiago de Compostela, eu que além de bens materiais, de ti recebi carinho, compreensão, atenção e amor, aqui manifesto minha declaração transparente. E você aí leitora, leitor, não pense você que está fora dessa parte do artigo, nã na ni na não!
Faça o mesmo para com as pessoas que você ama, não deixe para expor seus sentimentos e emoções tarde demais, homenagens e declarações sinceras devem ser feitas ainda em vida. Essa é para você Rirí, do fundo do meu coração eu te amo!
Thiago Pontes é filósofo e neurolinguista (PNL) – Instagram @institutopontes_oficial