Sempre me enxerguei como uma pessoa esperançosa e gosto muito da frase “a esperança é a última que morre”. Mas confesso que, nos últimos tempos, estava sendo difícil ter esperança com tudo o que estava e ainda está acontecendo…
Quando a Kátia, jornalista que nos acompanha na coluna Retrato das Juventudes nos contou, em um dos encontros, que nós faríamos uma viagem para falar sobre as “mudanças climáticas em nossas regiões”, pensei que era o momento perfeito para falar sobre todo o caos que TODOS NÓS temos enfrentado. É tudo tão óbvio e tão visível que fica muito fácil falar tudo o que me vem à cabeça.
Confesso que, quando eu escutava alguém falar de efeito estufa e aquecimento global, eu me pegava pensando “será mesmo que isso nunca existiu?”.
Então, como sou uma pessoa muito curiosa, fui atrás e, pasmem, o efeito estufa é essencial para o nosso ecossistema. Agora, quando nós falamos de efeito estufa antrópico, é aí que entra o problema, pois somos nós, seres humanos, que causamos esse problema.
Só para vocês entenderem, as geleiras sempre derreteram, e desde que eu era pequena ouvia boatos de que o mundo iria acabar, especificamente no dia 12/12/2012. E olha só, estamos em 27/09/2024, se passaram quase dez anos e nós estamos aqui.
Não é exatamente o clima que estávamos pensando em viver, mas pense por um lado: você provavelmente tem um automóvel que produz partículas finas e óxidos de nitrogênio, que são uma das principais causas da poluição do ar urbano.
Reclamamos muito de todo o fogo, toda falta de água, todo desmatamento, e quero dizer que está realmente muito ruim e que também é culpa do nosso governo. Mas, também é nossa culpa quando vemos alguém jogar lixo no chão e não corrigimos, quando pensamos em sair com os nossos automóveis para ir ao quarteirão de cima por comodidade, quando no banho ou nas atividades do cotidiano desperdiçamos água, quando sequer plantamos uma árvore para colaborar.
Com tudo, ainda não é o fim do mundo! Não está tudo perdido e essa situação pode se reverter.
Sei que estamos sempre ocupados demais com o nosso trabalho e nossas atividades diárias, mas nós somos, no Brasil, 212,6 milhões de habitantes e conseguimos melhorar, no mínimo, o ar que respiramos. Veja bem, de acordo com o JusBrasil: “Apenas o plantio de seis árvores por mês é suficiente para compensar as emissões de CO2 que produzimos, levando em consideração a média anual global de cerca de 6 toneladas de CO2 por pessoa.”
Então, não estamos tão perdidos assim. Focar mais nas soluções, em vez dos problemas, já é um passo importante para um futuro mais sustentável.
Ainda tenho esperança!
Bruna Beatriz Marques, 22 anos, é de Campinas. Atualmente trabalha como barista, mas pretende seguir a carreira de jornalista, mas está aberta para outros caminhos. A jovem fez Academia Educar presencialmente e se pudesse mudar algo no mundo começaria por criar oportunidades iguais.