Próximo aos 38 anos de atividades, o Projeto Mucky , sediado em Itu, está oferecendo a oportunidade de interessados vivenciarem os trabalhos do santuário, que abriga cerca de 152 animais em recuperação. O curso “Despertando O Olhar – Um mergulho nas sutilezas da natureza” acontece no próximo dia 27 de maio, um sábado, e será uma imersão de 8 horas em contato com a vida natural e longe de aparelhos eletrônicos.
O Projeto Mucky é uma organização não governamental sem fins lucrativos que resgata primatas nas mais variadas condições, cegos, machucados e principalmente resgatados do comércio de animais silvestres. A Instituição realiza cuidados e tratamentos diversos, utilizando terapias integrativas para a recuperação destas vidas. Além de fornecer, sempre que possível, recintos que simulam a vida natural. Um dos objetivos da ONG é desenvolver projetos de reintegração dos primatas.
“Este curso foi cuidadosamente projetado para proporcionar uma experiência que vai além do aprendizado teórico, mas que permite aos participantes experimentarem de forma prática e significativa o que é possível quando se conectam consigo mesmos e com a natureza”, explica Lívia Botár, fundadora do Projeto Mucky, que atuará como moderadora do curso junto à Ana Paula Barranco, educadora e membro da Diretoria da Instituição.
O curso contará com refeições e transporte ida e volta à ONG. A imersão começará em Indaiatuba, no Mosteiro de Itaici, em seguida, a visita à sede do Projeto Mucky em Itu é parte da experiência. “Estamos muito animados em lançar este novo curso do Projeto Mucky, que é uma oportunidade única para aqueles que buscam uma experiência transformadora e enriquecedora”, conta a fundadora.
No período da manhã do sábado, no Mosteiro de Itaici, os participantes terão oportunidade de participar de algumas vivências em meio à natureza, com aprendizado e estímulo ao “despertar do olhar” para o rico universo da fauna e da flora. Já no período da tarde, após o almoço, serão realizadas atividades práticas no Projeto Mucky, em Itu, para que os visitantes possam entender, de perto, o cuidado com os primatas abrigados pela ONG.
“Ao longo de 38 anos de existência, todos os dias constatamos que o olhar atento para os animais é a única forma possível de obter êxito no cuidado e na relação com eles. São inúmeras as lições aprendidas com os primatas que iremos compartilhar nesse encontro”, observa Lívia.
As inscrições para o curso estão abertas ao público e podem ser feitas pelo site da Instituição até 26 de maio. As vagas são limitadas para os primeiros a se inscreverem para a imersão. O valor da inscrição no período entre 16 e 22 de maio é de R$ 510,00. Entre 23 e 26 de maio o valor será de R$ 530,00.
Estão incluídos no valor a participação em todas as atividades do curso, refeições veganas (lanche da manhã, almoço e lanche da tarde), transporte do Mosteiro de Itaici até o Projeto Mucky e o retorno ao Mosteiro, além de certificado de participação (carga horária: 8 horas). Dúvidas ou solicitação de mais informações podem ser enviadas a [email protected].
História do projeto
A história do Projeto Muncky teve início em 1985, quando a produtora gráfica e formada em Educação Física Lívia Maria Botár, hoje ambientalista e coordenadora da entidade, recebeu e acolheu Mucky, procedente das mãos de um viciado em drogas. Nos anos seguintes, após pesquisar, manter intercâmbio com especialistas e desenvolver uma metodologia muito peculiar, resgataria e abrigaria muitos outros “Muckys”, conforme consta do site da ONG.
Em 1996, a entidade, já registrada no Ibama como Projeto Conservacionista, mudou-se provisoriamente, por exigência do órgão ambiental, para uma área rural em Jundiaí. Na sequência, desde essa época, a instituição está instalada em sede própria, ocupando uma área de 20 mil m², em Itu, onde hoje abriga e cuida de primatas, sob supervisão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
A Instituição recebe muitos animais desnutridos, cegos, com membros fraturados ou amputados ou com problemas de locomoção, devido às lesões sofridas, principalmente, pela manutenção indevida de silvestres como animais de estimação.
Os animais passam por atendimento médico veterinário, em que recebem tratamento alopático e/ou homeopático, assim como tratamentos alternativos, como hidroterapia, acupuntura, fisioterapia, terapia de florais, cromoterapia, musicoterapia, cujos resultados são, na maioria das vezes, bastante rápidos e extremamente satisfatórios.
No dia a dia, o Projeto Muncky não é aberto à visitação pública. Interessados em ajudar a instituição podem acessar https://www.projetomucky.org.br/faca-parte.