O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou nesta terça-feira (2) o ataque às instalações diplomáticas do Irã em Damasco, na Síria, apelando a “todos os envolvidos para exercerem a máxima contenção e evitarem uma nova escalada.”
As autoridades iranianas solicitaram por carta, na segunda-feira (1), uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para discutir o “hediondo e odioso ataque terrorista contra instalações diplomáticas da República Islâmica do Irão na República Árabe Síria”.
Em nota publicada pelo porta-voz, ele adverte para um erro de cálculo que “pode levar a um conflito mais amplo numa região já volátil, com consequências arrasadoras para os civis que já assistem a um sofrimento sem precedentes na Síria, no Líbano, no Território Palestino Ocupado e no Oriente Médio em geral”.
De acordo com agências de notícias, o ataque que matou 13 pessoas teria sido alegadamente cometido por forças israelenses contra o edifício que abriga o embaixador do Irã e os serviços consulares do país na Síria.
Os relatos das agências apontam ainda que entre as vítimas estariam dois altos funcionários do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.
Os generais Muhamad Reza Zahedi e Muhamad Hadi Haj Rahimi, “dois veteranos comandantes de guerra e conselheiros militares de alto nível na Síria”, são dois dos mortos no ataque, tal como cinco outros oficiais iranianos. O edifício era utilizado como residência oficial do embaixador iraniano, Hosein Akbari.
Guterres reafirma que “o princípio da inviolabilidade das instalações e do pessoal diplomático e consular deve ser respeitado em todos os casos, de acordo com o direito internacional”.
O secretário-geral lembra a todas as partes que devem respeitar todas as suas obrigações ao abrigo do direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional, conforme aplicável.