A coordenadora humanitária da ONU na Ucrânia, Osnat Lubrani, afirmou estão “descaradamente ignorando obrigações previstas no direito internacional humanitário e direitos humanos”. Lubrani falou sobre a situação no país nos últimos quatro meses, desde o início dos ataques da Rússia, em 24 de fevereiro.
Disse que “o nível de sofrimento humano não pode ser explicado com palavras” e que as partes do conflito precisam fazer mais “para proteger os civis e tornar o trabalho possível”.
Atualmente, quase 16 milhões de pessoas na Ucrânia precisam de água potável, comida, serviços de saúde, moradia e proteção. Segundo ela, os números estão subestimados, por isso a ONU e seus parceiros estão revisando a situação.
Em alguns lugares, a insegurança e outros obstáculos impostos impedem a ONU e ONGs de atuarem. Ela citou a falta de acesso a Kherson e Mariupol e a dificuldade na evacuação de civis de Sievierodonetsk.
O acesso a áreas não controladas pelo governo é extremamente difícil, quase impossível.
Osnat Lubrani fez um apelo pelo cumprimento de obrigações e proteção aos civis que já sofrem “imensamente por causa da guerra”.
Ela afirmou que proteger a infraestrutura que é vital bem como fazer acordos urgentes sobre o acesso seguro e desimpedido dos trabalhadores humanitários a todos os lugares onde as pessoas precisam de assistência ou evacuação.
Ela disse que o país já soma mais de 6 milhões de pessoas deslocadas internamente. E cerca de 5 milhões conseguiram retornar a suas casas, mas com a ameaça de terem que fugir de novo. Já o número de refugiados em outros países chegou a mais de 5,3 milhões
A guerra já fez aproximadamente 5 mil mortos e outros 5 mil feridos. Sem dados conclusivos, Osnat Lubrani também destacou a quantidade de infraestrutura civil destruída, como hospitais, escolas e residências.