Donald Trump tentou influenciar a eleição presidencial de 2016 de forma ilegal, ao procurar que informação negativa sobre a sua vida pessoal fosse divulgada, disse um procurador aos jurados no início do julgamento do ex-presidente americano por corrupção.
“Esta foi uma conspiração planejada e de longo alcance para influenciar a eleição de 2016, de forma a ajudar Donald Trump a ser eleito, através de despesas ilegais para silenciar pessoas que tinham algo de mau a dizer sobre o seu comportamento, disse o procurador Matthew Colangelo, na segunda-feira (22). “Isto é fraude eleitoral, pura e simples”, reforçou.
Um advogado de defesa contestou a acusação, dizendo que o caso não tinha base e atacando a integridade da antiga confidente da Trump, que agora é a principal testemunha de acusação. “O presidente Trump é inocente. O presidente Trump não cometeu qualquer crime. O procurador nunca deveria ter avançado com este caso”, disse o advogado Todd Blanche.
As declarações de abertura ofereceram visões radicalmente diferentes de um caso que deve prosseguir com uma agressiva disputa eleitoral para a Casa Branca, em que Trump não é apenas o presumível candidato republicano, mas também alguém que se defendendo em um processo-crime, em que enfrenta a possibilidade de uma condenação e uma sentença de prisão.
Este é o primeiro julgamento de um ex-presidente e o primeiro de quatro processos a ter um júri constituído. Com este contexto, os procuradores procuraram desde o início realçar a gravidade do caso, que, salientaram, se refere principalmente a uma interferência eleitoral, como decorre do pagamento a uma atriz pornográfica que disse que teve um encontro sexual com Trump.
(Agência Lusa)