O empate em 2 a 2 entre Ponte Preta e Goiás, no feriado da última terça-feira (2), no Estádio da Serrinha, em Goiânia, pode ser analisado sob dois diferentes prismas. Por um lado, a Macaca conquistou um ponto muito importante fora de casa contra uma equipe postulante ao acesso, mesmo com o obstáculo da ausência do principal destaque da equipe na temporada, o atacante Moisés, que estava suspenso.
Por outro lado, pessimista, a equipe alvinegra deixou escapar uma vitória que estava na mão, afinal vencia por 2 a 0 até metade do segundo tempo, com gols de Fábio Sanches e Léo Naldi na etapa inicial, mas não resistiu à pressão e sofreu o empate nos últimos 15 minutos. Para piorar, os dois concorrentes diretos imediatamente abaixo na tabela, Brusque e Londrina, venceram e diminuíram a distância em relação à Ponte Preta, que agora aparece apenas um ponto acima da zona de rebaixamento.
“A circunstância do jogo nos dá esse sentimento de chateação e frustração porque estávamos fazendo um grande jogo e tivemos postura para levar a vitória. Mas se antes da partida eu falasse que conquistaríamos um ponto aqui, todo mundo acharia muito importante e valioso por dois motivos. Primeiro, por ser contra uma equipe que está brigando pelo G4. Em segundo lugar, porque eles tiveram uma semana trabalhando para esse jogo, além do clima que criaram e tudo o que vinham falando antes do jogo”, analisou o técnico Gilson Kleina, que teve apenas três dias para preparar a equipe para o confronto, quatro a menos que o adversário, embora a equipe goiana tenha trocado de comando técnico neste intervalo.
“O Goiás achou o primeiro gol de bola parada e depois aumentou o volume. Nós tivemos uma fatalidade, que foi a lesão do Richard, e ficamos por mais de 15 minutos com um homem a menos. Pelo que fizemos na partida, poderíamos ter levado três pontos, mas também não posso deixar de valorizar a luta e o espírito por tudo o que envolveu essa partida. Esse ponto não nos coloca em conforto, mas mantivemos nossa posição por mais que Brusque e Londrina tenham tido vitórias nos seus jogos”, avaliou Kleina.
Próximos desafios
Para escapar do rebaixamento, a Ponte Preta precisa fazer pelo menos seis pontos nos últimos cinco jogos. Os dois próximos adversários serão novamente equipes que brigam na parte de cima da tabela, CRB e Botafogo, mas desta vez ambos visitarão o Majestoso. O duelo contra a equipe alagoana acontece neste próximo domingo (7), às 20h30, com 100% de capacidade liberada pela primeira vez desde o início da pandemia de Covid-19. Os ingressos já começaram a ser vendidos, por enquanto exclusivamente pela internet.
“Poderíamos ter feito sete pontos em três jogos, mas fizemos cinco. Nós estamos pontuando. Agora é mobilizar forte para esses dois jogos que temos em casa, que de repente estão reservados para a gente poder fazer a nossa pontuação de permanência, mas precisamos viver um de cada vez”, afirmou Gilson Kleina.
“Nós temos que trabalhar o nosso emocional e fazer de tudo para vencer os jogos em casa, com inteligência e sabedoria. Sabemos que vamos pegar pela frente mais duas equipes que estão pleiteando e trabalhando para o acesso, mas a gente tem que voltar a resgatar a força do Moisés Lucarelli. É trabalhar e colocar na cabeça que a gente tem condições de voltar a ganhar em casa. Que possamos ter uma mentalidade equilibrada. A força do grupo é que vai nos tirar dessa situação”, concluiu Kleina.