A marca é triste. É a notícia que nenhum brasileiro pensou ouvir um pouco mais de um ano atrás. Nesta quinta-feira (29) à tarde, o Brasil ultrapassou as 400 mil mortes por Covid-19. Foram 400 mil vidas que se perderam entre números, estatísticas, erros e dores. A pandemia do novo coronavírus, iniciada no País em março do ano passado, atingiu o ápice nos últimos dois meses, quando boa parte da população pensava que o pior já tivesse sido superado em 2020. A nação paga em vidas o preço por subestimar um vírus.
Apenas nos últimas 36 dias, à somatória trágica foram acrescentadas 100 mil mortes. Para comparação: os 100 mil primeiros óbitos pela doença no Brasil foram registrados cinco meses depois da confirmação da primeira morte de 2020. Segundo levantamento do consórcio dos veículos de imprensa, nesta tarde o total de vítimas chegou a 400.021.
O cenário da pandemia só não está pior em 2021 porque o início da vacinação contra a Covid-19, embora lento, poupou milhares de vidas de idosos e profissionais da saúde que conseguiram ser imunizados com as duas doses da vacina. São pouco mais de 40 milhões de doses aplicadas desde janeiro, o que significa 20 milhões de brasileiros imunizados, 10% da população do País.
Os números – sempre impressionantes – mostram ainda que houve estagnação da disseminação da Covid-19 no Brasil no final de abril. Porém, em um patamar bastante elevado, com média diária de mais de duas mil mortes, segundo levantamento feito pela Fiocruz. E enquanto a vacinação segue a passos lentos, a conta parece estar longe de fechar.