A professora doutora Regina Márcia Moura Tavares é uma das expoentes da cultura em Campinas. Sua atuação permamente em defesa e preservação do patrimônio cultural e histórico é reconhecida há décadas. Sua voz tem contribuído sistematicamente para um olhar diferenciado para a cidade que evolui e que, muitas vezes, despreza personagens e bens materiais e imateriais.
Nesta quinta-feira, dentro do ciclo de celebração dos 250 anos de Campinas, a antropóloga, docente universitária aposentada e escritora dará uma palestra sobre o tema “Ação Preservacionista do Patrimônio Histórico-Cultural de Campinas”.
O evento acontece na sede do Centro de Ciências, Letras e Artes, às 15h, com entrada franca. O ciclo está sendo conduzido pelo Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas, em parceria com o CCLA.
Regina Márcia ocupa a cadeira 25 do IHGGC, além de pertencer ainda à Academia Campinense de Letras (ACL).
Palestrante e também consultora acadêmica para América Latina e Caribe, Regina Márcia é colaboradora e apoiadora do Hora Campinas. No portal, escreve regularmente sobre patrimônio e manifestações culturais.
Em seu último artigo escrito no Hora (Barbárie na Metrópole), a escritora reflete sobre a decadência patrimonial que assola parte da memória da cidade, com ataques de vândalos e falta de uma política firme de enfrentamento e curadoria. Veja abaixo:
Artigo – Barbárie na metrópole: refletindo e sugerindo – por Regina Márcia Moura Tavares
A palestra de Regina Márcia acontece num momento em que o patrimônio de Campinas está em debate.
Um dos mais importantes monumentos de Campinas, por exemplo, está se desfazendo aos olhos de todos. Enquanto o poder público discute qual a melhor maneira de preservá-lo, o monumento-túmulo do maestro campineiro Carlos Gomes, no Centro, perde a cada dia mais peças, estruturas e, claro, o encanto.
Todas as pilastras que sustentavam as correntes ao redor da estrutura foram retiradas. Todas as peças em bronze que ornavam o túmulo de granito foram furtadas. Uma das últimas peças a serem levadas foi um brasão em bronze, que enfeitava a parte detrás da estrutura, e era possível ser observada por quem passava pela Rua Dr. Thomaz Alves.
Nesta aquinta-feira, Regina aproveitará a palestra para distribuir a “Cartilha de Educação Patrimonial: MEMÓRIA E PATRIMÔNIO”, lançada em 2019. “A obra tem uma linguagem de nível médio, para ser lida e assimilada por crianças e adultos, para que toda população possa entender o que é e por qual motivo é importante preservarmos o Patrimônio Cultural de uma cidade e de um país”, afirma a autora.