O papa Francisco pediu neste domingo (21) que “não se ceda à lógica da justificação da guerra” e expressou preocupação e dor pela situação no Médio Oriente, após as orações na Praça de São Pedro, no Vaticano. “Que prevaleça o caminho do diálogo e da diplomacia, que tanto pode fazer”, disse o papa no seu apelo.
Francisco recordou que reza todos os dias pela paz na Palestina e em Israel e manifestou o seu desejo de que “estes dois povos deixem de sofrer”.
O papa também pediu para não serem esquecidos “os mártires e os sofredores da Ucrânia” e reiterou a necessidade de negociações para pôr fim aos conflitos.
“Que o espírito do Senhor ressuscitado ilumine e sustente aqueles que trabalham para reduzir as tensões e encoraje os gestos que tornam possível a negociação. Que o Senhor dê aos líderes a capacidade de parar um pouco para negociar”, afirmou.
À margem de um evento no sábado, o cardeal secretário de Estado Pietro Parolin analisou a atual situação de tensão entre Israel e o Irã, sublinhando a sua impressão de que “ambos os lados estão a tentar não provocar de forma a alargar o conflito”.
“Penso que devemos evitar tudo o que possa conduzir a uma escalada e, sobretudo, evitar que a situação fique fora de controle: isto acontece se não houver um compromisso de todas as partes para moderar as suas posições”, acrescentou.
A tensão entre Israel e o Irã aumentou significativamente desde a ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, que se seguiu ao ataque do grupo palestino terrorista Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou quase 1.200 mortos.
Em resultado da ofensiva de retaliação israelense na Faixa de Gaza, mais de 34 mil pessoas, na maioria civis, e o enclave controlado pelo Hamas mergulhou numa grave crise humanitária.
(Agência Lusa News)