O atropelamento e morte de um idoso ilustram a preocupação dos moradores do Jardim Chapadão com o aumento do fluxo de veículos na região da Praça Tiro de Guerra, próximo à Escola de Cadetes (EsPCEx). Em razão da confluência de várias avenidas, como Andrade Neves e Luis Smânio, não há pontos seguros para atravessar as vias. A morte do idoso, em novembro passado, ocorreu justamente quando ele cruzava a Rua Bento da Silva Leite sobre a faixa de pedestres.
Na segunda-feira (8), a pedido dos moradores, representantes da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e da Câmara dos Vereadores estiveram na praça para ouvir as reivindicações. Por meio de nota, a Emdec informou que “irá “verificar quais ações são possíveis de serem implantadas, com o objetivo de aumentar a segurança viária”.
O vereador Paulo Haddad participou do encontro com os moradores e ouviu do presidente da Emdec, Vinicius Riverete, a promessa de busca por alternativas de segurança.
“Vamos fazer um estudo de forma rápida para apresentar e se for o caso semaforizar para trazer mais segurança aos moradores da região”, afirmou Riverete, em vídeo gravado pelo vereador.
Haddad nasceu e cresceu na região e confirma a fragilidade da segurança viária dos pedestres. “É uma área de fluxo intenso, sobretudo em determinados horários nos quais a Emdec já atua regularmente com agentes de mobilidade para controlar o trânsito. Infelizmente tivemos a morte de um senhor na faixa de pedestre. É preciso encontrar uma alternativa rapidamente para garantir a segurança dos pedestres e a Emdec prometeu entregar um estudo para que ações possam ser tomadas rapidamente”, declarou.
Foram citados na reunião pelos moradores, segundo Haddad, os problemas de insegurança dos pedestres também na área do Balão do Castelo, outro ponto crítico do bairro.
“O foco dessa reunião foi o balão da Escola Preparatória, mas já abrimos um canal de conversas e vou discutir com a Emdec para ver se é possível fazer algumas intervenções também em outros pontos em que o trânsito é crítico e a segurança dos pedestres também”, esclareceu.
Os moradores relatam que o antigo problema de insegurança viária se agravou com a inauguração de um supermercado próximo dali, que aumentou tanto o fluxo de veículos quanto de pedestres. Em horários de pico, no início da manhã e final da tarde, os congestionamentos tornam ainda mais complicada a missão dos pedestres de atravessar as vias.
Sueli Conceição de Oliveira, de 61 anos, trabalha na região e conhece os muitos desafios de cruzar as avenidas. “Pedestre aqui não tem vez. Num curto trajeto de 200 metros, preciso atravessar os dois sentidos da Andrade Neves (avenida) e mais uma rua. Caminho um pouco mais para usar a faixa de pedestre, mas nunca nenhum carro parou. O movimento é grande e os carros estão sempre correndo muito. Não tem um lugar seguro pra gente atravessar”, relata.
Toda a área próxima ao Balão do Castelo se configura entre os gargalos problemáticos do trânsito campineiro. Ainda em 2013, a Emdec anunciou um estudo visando mudanças no viário da região do Castelo. A promessa era realizar um levantamento de fluxo de veículos e pedestres em diversos horários e em dias diferentes e buscar soluções.
Em 2018, quando foi apresentado o Plano Viário de Campinas, as regiões do Balão do Castelo, Avenida Theodureto de Almeida Carvalho e Alberto Sarmento foram novamente consideradas entre os principais gargalos do trânsito campineiro, porém, poucas intervenções efetivas ocorreram, além de sinalização de advertência e instalação de radares de velocidade na Avenida Luis Smânio.
Siga o Hora Campinas nas redes sociais (Instagram, YouTube, Facebook, WhatsApp e LinkedIn)