A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (6) a Operação Airline para prender investigados envolvidos em crimes de tráfico internacional de drogas praticados a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos. Estão sendo cumpridos 18 mandados de prisão preventiva e 2 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal em Campinas.
A investigação teve início a partir da análise de documentos e informações de inteligência policial obtidos durante a Operação Overload, deflagrada em outubro do ano passado, e tem por objetivo desarticular definitivamente a organização criminosa com a prisão dos envolvidos.
Segundo a PF, a atual fase de investigação permitiu concluir pela existência de um corpo probatório robusto da prática de crimes de tráfico internacional de drogas, incluindo também o Aeroporto Internacional de Guarulhos (suspeita-se de mais de meia tonelada de drogas remetidas para a Europa), falsificação de documentos (etiquetas de passageiros, de cargas, aquisição fraudulenta de diplomas de ensino superior), extorsão, extorsão mediante sequestro, corrupção ativa e passiva.
Foram analisados mais de 60 exames periciais, 45 relatórios de análises de informações contidas em dispositivos e documentos apreendidos, compreendendo quase 10.000 páginas de instrução.
Além de 40 policiais federais, participam da operação 5 equipes do BAEP, Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo e uma equipe da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo, em razão de entre os presos haver um policial militar e um policial civil.
Esse é o terceiro desdobramento da Operação Overload. A primeira ação da PF ocorreu em dezembro de 2020 (Operação AKE) e a segunda etapa em fevereiro deste ano (Operação Lavaggio).
O nome da Operação Airline, executada nesta terça-feira (6), vem da então estrutura montada pela organização criminosa para manter uma logística permanente de tráfico de drogas por via área internacional.