A contratação de planos de previdência privada registrou um aumento de 12,2% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período no ano passado, de acordo com a Susep (Superintendência de Seguros Privados). Entre os motivos desse crescimento está a mudança de comportamento da população em relação ao planejamento financeiro, reforçada em especial depois da pandemia. Movimento também percebido no segmento voltado ao público infantil.
Quem é pai, mãe ou responsável por uma criança, sabe muito bem que um dos grandes temores é não conseguir prover o melhor. Mas, se afundar em dívidas para pagar um intercâmbio, um curso caro na faculdade ou mesmo para abrir um negócio não é a melhor opção. Então, o indicado é planejar. Mas desde bebê? Sim, é possível contratar uma previdência privada para crianças, investindo aos poucos e fazendo um planejamento financeiro para quando a criança se tornar um jovem adulto.
A previdência privada para crianças funciona da mesma maneira que um plano de previdência complementar individual. A diferença é que as contribuições são iniciadas bem antes pelos pais, pelos responsáveis legais ou por qualquer pessoa – como tios, avós e padrinhos. Apesar de ser adquirido pelo responsável financeiro, o plano fica em nome da criança, desde que ela tenha um CPF.
É possível iniciar um plano de previdência para uma criança com contribuições de um valor mensal reduzido, o que não impede o contratante de aumentar de acordo com sua renda e planejamento. Além disso, há possibilidade de fazer aportes adicionais sempre que desejar.
Na tributação regressiva, por exemplo, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado no plano, menor o imposto a pagar sobre cada contribuição feita na hora de retirar os recursos. É importante avaliar sua tolerância a risco, já que o dinheiro é aplicado em fundos de investimentos conservadores, moderados ou arrojados. Um corretor pode auxiliar na contratação e na análise do plano ideal para cada perfil de cliente e cada objetivo.
A previdência privada infantil, portanto, é uma modalidade de investimento que permite liberdade aos seus titulares na escolha do rendimento do benefício.
Por isso, pesquise as alternativas de previdência privada infantil, faça simulações, busque informações seguras e escolha instituições confiáveis para te auxiliar nesse tipo de projeto futuro. Quando a criança chegar aos 18 ou 21 anos, poderá escolher entre resgatar para realizar um sonho ou seguir aplicando até quando achar necessário.
No entanto, sempre vale lembrar que a educação financeira é essencial. Por isso, é importante, sempre respeitando a idade da criança ou adolescente, ensinar sobre como se ganha, poupa e até mesmo como se investe, à medida que a idade permitir a compreensão sobre tais conceitos. Desta forma, cresce a chance de ser um adulto consciente sobre seu orçamento e a melhor forma de usar o dinheiro com equilíbrio.
Walmando Fernandes, administrador de empresas e MBA em gestão empresarial, é Head da Porto na região de Campinas