Em menos de 40 minutos de jogo, num curto espaço de apenas 12 minutos, a Ponte Preta alcançou algo que não conseguia há mais de seis meses e simplesmente igualou o que havia feito nos sete jogos anteriores somados: marcar três gols.
No entanto, apesar da larga vantagem construída graças a um início dos sonhos na reestreia do técnico João Brigatti, a Macaca deu brecha para o adversário, abusou das falhas defensivas e contou com uma arbitragem desfavorável, fatores que resultaram no empate em 3 a 3 com o Sport Recife, na noite desta segunda-feira (9), na Ilha do Retiro, em Recife, pelo encerramento da 31ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
Além de deixar escapar os três pontos que pareciam certos, a Ponte Preta ainda perdeu a chance de conquistar a primeira vitória como visitante sobre o Leão em toda a história do confronto. Agora são 12 duelos em território pernambucano, no período entre 1978 e 2023, com oito vitórias do Sport e quatro empates, contando Campeonato Brasileiro (Séries A e B) e Copa Sul-Americana.
Avassaladora no primeiro tempo, a Ponte Preta abriu o placar aos 25′, em um lance de contra-ataque, com um belo lançamento de Léo Naldi para Jeh, que puxou para dentro e chutou da entrada da área, contando com ajuda do goleiro Dênis. Apesar de ser o artilheiro da Macaca na temporada, o centroavante não balançava as redes há quase seis meses, desde o dia 21 de maio, quando balançou as redes no empate em 1 a 1 com o Guarani, no Dérbi 205, no estádio Moisés Lucarelli.
Novidade no ataque, Maílton aumentou a vantagem pontepretana em mais um contra-ataque, invadindo a área e finalizando por baixo de Dênis, aos 29′. Ele também marcou o terceiro, de pênalti, aos 37′. No entanto, nos acréscimos do primeiro tempo, o atacante Vágner Love manteve as esperanças do Sport com um desvio letal, em lance de escanteio pela esquerda.
No segundo tempo, a Macaca se encolheu e não suportou a pressão do time da casa, que diminuiu a desvantagem com um gol de pênalti de Fabrício Daniel, em cobrança aos 24′, que deixou os pontepretanos na bronca, alegando possível paradinha. A penalidade cometida pelo lateral Artur também gerou polêmica. Aos 34′, em cruzamento de Dinho pela direita, Jorginho deixou tudo igual, aproveitando falha de dois defensores da Ponte no meio da área.
Com o resultado de igualdade, a Ponte Preta completou seis jogos sem vitória, agora com três empates e três derrotas. A Macaca chegou aos 34 pontos, abriu quatro de distância para a Chapecoense, primeiro time dentro da degola, e garantiu pelo menos mais uma rodada fora do Z4, mas não se mexeu na tabela e segue na 16ª colocação da Série B.
O Sport, por sua vez, chegou ao sétimo jogo de invencibilidade e reassumiu a vice-liderança do campeonato graças ao ponto salvo. A equipe do técnico Enderson Moreira agora soma 55 pontos, a três do líder Vitória, mas a vantagem de apenas dois pontos para o quinto colocado Atlético-GO. A equipe goiana é justamente a próxima adversária da Ponte Preta. O duelo acontece no próximo domingo (15), às 15h45, no Majestoso.
FICHA TÉCNICA:
Sport (3): Dênis; Eduardo (Felipe), Rafael Thyere, Sabino e Felipinho; Ronaldo Henrique (Diego Souza), Fabinho e Jorginho; Labandeira (Fabrício Daniel), Vágner Love (Edinho) e Peglow (Alan Ruiz). Técnico: Enderson Moreira.
Ponte Preta (3): Caíque França; Luiz Felipe, Mateus Silva (Thomás Kayck), Thiago Oliveira e Artur; Felipinho, Felipe Amaral (Ramon Carvalho) e Léo Naldi; Jeh (Paul Villero), Eliel (Samuel Andrade) e Maílton (Tales). Técnico: João Brigatti.
Gols: Jeh (PON), aos 25′, Maílton (PON), aos 29′, e 37′ (de pênalti), e Vágner Love, aos 50′ do 1º tempo; Fabrício Daniel (SPT), aos 24′, e Jorginho (SPT), aos 34′ do 2º tempo.
Local: Ilha do Retiro, Recife (PE).
Juiz: José Mendonça da Silva Júnior (PR).
Cartões amarelos: Rafael Thyere e Labandeira (SPT); Artur, Felipinho e Paul Villero (PON).