Não adiantou mobilização nem sal grosso. Em mais uma noite de atuação deprimente, apesar da diferença técnica entre as duas equipes, a Ponte Preta foi massacrada por 5 a 0 pelo Corinthians e chegou à sexta derrota nos últimos sete jogos na noite deste sábado (12), na Neo Química Arena, em São Paulo, pela 11ª e penúltima rodada no Campeonato Paulista.
Foi a maior goleada da atual edição do Paulistão, que transformou a Macaca na pior defesa isolada da competição, com 21 gols sofridos.
Na estreia do técnico português Vítor Pereira diante da torcida corintiana, que marcou presença em peso no estádio, com quase 40 mil pessoas, os gols da vitória do Timão foram marcados pelo meia Renato Augusto, pelo volante Paulinho e pelo atacante Gustavo Mosquito, no primeiro tempo. Na etapa final, o meia-atacante Adson e o meia Gustavo Mantuan fecharam o caixão pontepretano.
Com mais um resultado negativo, o sétimo em 12 jogos na temporada, a Ponte Preta se aproximou ainda mais do rebaixamento à Série A2.
A equipe alvinegra continua na lanterna do Grupo D, sem mais nenhuma chance de classificação, e na penúltima colocação geral, com apenas oito pontos em 11 jogos.
A Macaca segue sem nunca vencer em Itaquera, agora com oito derrotas e um empate em nove jogos no estádio corintiano, inaugurado em 2014.
Além da obrigação da vitória na última rodada, a Ponte Preta depende agora de uma grande combinação de resultados nos jogos envolvendo os três concorrentes diretos que ainda correm risco de rebaixamento: Ferroviária e Santos, com 10 pontos, além do Água Santa, com 11.
O Água Santa possui chances remotas de classificação porque tem uma vitória a mais e uma enorme vantagem de saldo de gols em relação à Ponte Preta (-3 a -13).
A Macaca precisa necessariamente da vitória sobre o Ituano e ainda precisa torcer para que Ferroviária ou Santos, que ainda tem dois e três jogos para disputar, respectivamente, façam no máximo um ponto até o fim da competição. Há um confronto direto entre essas duas equipes na próxima quarta-feira (16), em Araraquara.
Com mais uma semana cheia de trabalho, a terceira consecutiva, a Ponte Preta encerra a sua participação na primeira fase do Paulistão contra o Ituano no próximo domingo (20), no estádio Moisés Lucarelli.
O jogo
Com a necessidade da vitória para depender apenas de suas próprias forças para escapar do rebaixamento, a Ponte Preta entrou em campo com três alterações na escalação em relação à equipe titular na derrota por 1 a 0 para o Água Santa, no último sábado (5).
Sem o experiente zagueiro Dedé, que falhou feio na rodada passada e sofreu lesão na parte posterior da coxa esquerda durante a semana, Thiago Oliveira e Fabrício formaram a dupla de defesa.
Pelos lados do campo, com a ausência do lateral-direito Norberto em função de dores musculares na coxa direita, Kevin e Jean Carlos começaram jogando.
No meio-campo, o volante Léo Santos e o meia Fessin foram liberados pelo Corinthians, clube ao qual pertencem e estão emprestados à Macaca, mediante promessa de pagamento de multa de R$ 1 milhão pela utilização dos dois jogadores.
Sem nenhum risco de queda antecipada, mas precisando pontuar para aumentar as chances de salvação, a Ponte Preta não suportou por muito tempo o ímpeto do Corinthians, que quase tirou o zero do placar aos 12′, em contra-ataque que terminou com defesa de ponta de dedo de Ygor Vinhas após chute cruzado de Róger Guedes.
Bastou apenas mais dois minutos para que, aos 14′, o Timão inaugurasse o placar em linda conclusão de Renato Augusto na entrada da área, sua especialidade, em posição frontal. A bola ainda bateu na trave direita antes de morrer no fundo das redes.
Sem o capitão Lucca, vice-artilheiro do Paulistão, com seis gols, impossiblitado de enfrentar a sua ex-equipe devido a um problema na coxa, a melhor chance da Ponte Preta no primeiro tempo veio dos pés de Ribamar, que fez bela jogada individual, driblou Cássio, mas ficou sem ângulo e não conseguiu colocar a curva certa na bola.
Aos 44′, Paulinho ampliou o marcador, ao aparecer dentro da área como elemento surpresa e completar bela assistência de Fágner. Aos 47′, Gustavo Mosquito acertou a trave, mas logo na sequência ele próprio recebeu de Willian e bateu por cobertura para anotar no último lance da etapa inicial.
No segundo tempo, conformada com a derrota consumada, a Ponte Preta adotou uma estratégia defensiva de redução de danos, mas mesmo assim não escapou de tomar mais dois gols, o quarto marcado por Ádson, que havia entrado no intervalo no lugar de Gustavo Mosquito, e o quinto por Gustavo Mantuan, outro suplente.
Aos 15′, após receber belo passe de Fágner, Adson saiu cara a cara com Ygor Vinhas e chutou no canto. O bandeira assinalou impedimento de forma equivocada, mas o VAR validou o gol que fechou o caixão pontepretano.
Ainda deu tempo de Fagner salvar em cima da linha chute de Pedro Júnior, após belo drible curto em Cássio, aos 38′. Aos 41′, Kevin deixou a Macaca com um homem a menos após falta em William. Ele será desfalque na rodada final contra o Ituano.
FICHA TÉCNICA:
Corinthians (5): Cássio; Fagner, João Victor, Gil e Lucas Piton (Gustavo Mantuan); Du Queiroz (Cantillo), Gustavo Mosquito (Adson), Renato Augusto (Giuliano), Paulinho e Willian; Róger Guedes (Jô). Técnico: Vítor Pereira.
Ponte Preta (0): Ygor Vinhas; Kevin, Thiago Oliveira, Fabrício e Jean Carlos; Léo Santos (Moisés Ribeiro), Wesley (João Pedro), Léo Naldi, Matheus Anjos (Thalles) e Fessin; Ribamar (Josiel). Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Renato Augusto, aos 14′, Paulinho, aos 44′, e Gustavo Mosquito, aos 47′ do 1º tempo; Adson, aos 15′, e Gustavo Mantuan, aos 49′ do do 2º tempo.
Local: Neo Química Arena, São Paulo (SP).
Público: 39.488 pagantes (39.685, no total)
Renda: R$ 2.384.518,00.
Juiz: Luiz Flávio de Oliveira.
Cartões amarelos: Du Queiroz, Róger Guedes e Fágner (COR); Wesley, Matheus Anjos, João Pedro, Pedro Júnior, Léo Naldi e Moisés Ribeiro (PON).
Cartão vermelho: Kevin, aos 41′ do 2º tempo.