Em mais um capítulo da longa e polêmica disputa pelo emblemático título de time de futebol mais antigo do Brasil, a Justiça determinou que a Ponte Preta deve se retratar publicamente e pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais ao Sport Clube Rio Grande, referente à ação ajuizada pelo clube gaúcho contra a Macaca, em outubro de 2020, pelo uso indevido da marca histórica.
A decisão judicial, proferida pela juíza Aline Zambenedetti Borghetti, da 1ª Vara Cível da Comarca de Rio Grande, obriga o clube alvinegro de Campinas a “retirar qualquer alusão ao título de ‘mais antigo do Brasil’ e quaisquer outras expressões com significado semelhante, tais como ‘mais antigo do país’, ‘primeiro clube do Brasil’, ‘primeiro clube do país’, de todos os seus meios de divulgação e material de marketing”, inicia o texto redigido pela magistrada.
A sentença, proferida na semana passada, também exige “retratação em jornais de grande circulação e canais da internet, especialmente redes sociais, admitindo o erro em se auto intitular o ‘time mais antigo do Brasil’, além de esclarecer que tal denominação pertence ao clube demandante [Sport Clube Rio Grande]”, de acordo com o segundo item. A decisão ainda cabe recurso e o departamento jurídico da Ponte Preta deve recorrer após a notificação.
Fundada em 11 de agosto de 1900, cerca de três semanas após o surgimento do Sport Club Rio Grande, no dia 19 de julho, a Ponte Preta não contesta a data de fundação do clube gaúcho, que inclusive corresponde ao Dia Nacional do Futebol, instituído pela CBF, mas alega que a tradicional equipe da cidade de Rio Grande, a cerca de 300 quilômetros da capital Porto Alegre, interrompeu as atividades durante um breve período de sua história, mas não há registros oficiais desse fato. Neste ano, os dois times completaram 122 anos de existência.