Com a apertada vitória por 1 a 0 sobre o Sport Recife, conquistada na noite da última quarta-feira (7), feriado da Independência, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, a Ponte Preta alcançou a marca de seis vitórias consecutivas dentro de casa pela primeira vez desde 2015.
O importante resultado positivo contra o adversário pernambucano, com gol marcado pelo artilheiro Lucca, aproveitando rebote do próprio pênalti, nos minutos iniciais do primeiro tempo, levou a Macaca à 7ª colocação provisória da Série B, sua melhor posição em todo o campeonato, com 39 pontos.
No entanto, para atingir voos maiores, a equipe alvinegra precisará dar um passo além e elevar ainda mais o seu aproveitamento, que é de 44,8% no total, mas corresponde a 56,6% somente no segundo turno, índice digno de acesso.
“Não esperava um jogo fácil, como não foi, mas soubemos jogar e conseguimos a vitória. Não houve brilhantismo, mas a torcida comprou a nossa briga e tenho certeza que vai fazer muito mais na próxima partida, mesmo com horário ingrato”, projeta o técnico pontepretano Hélio dos Anjos, em referência ao duelo contra o Ituano, novamente no Majestoso, marcado para a próxima terça-feira (13), às 21h30.
Com uma notável reação de julho para cá, muito graças aos reforços que chegaram na janela do meio do ano, a Macaca conquistou 17 pontos desde o início do returno, pontuação inferior apenas à do Cruzeiro, líder isolado da competição, que soma 20 nas últimas 10 rodadas.
Para aumentar ainda mais o rendimento e estabelecer 85% de aproveitamento, o mínimo necessário daqui para frente visando ao sonho do acesso, a equipe do técnico Hélio dos Anjos terá que repetir o desempenho registrado na reta final da Série B de 2018, quando o time então comandado por Gilson Kleina venceu sete e empatou dois dos últimos nove jogos, faltando muito pouco para subir.
Neste momento, a Ponte Preta aparece seis pontos atrás do Vasco, que soma 45 e abre o G4, com um jogo a menos. Após contratar o técnico Jorginho, com história na Macaca, o Cruzmaltino terá um complicado duelo pela frente contra o Grêmio, no próximo domingo (11), em Porto Alegre.
Aquela arrancada final de quatro anos atrás começou logo na sequência de uma amarga derrota por 1 a 0 para o Brasil de Pelotas, em pleno Majestoso, que resultou na demissão do técnico Marcelo Chamusca após apenas cinco jogos, sem nenhuma vitória.
Ao todo, a Macaca somava oito jogos de jejum, com três derrotas e cinco empates, quando anunciou o retorno de Gilson Kleina, comandante do acesso em 2011 e do vice-campeonato paulista de 2017.
A chegada de Kleina teve efeito imediato e desencadeou uma sequência de três vitórias consecutivas sobre os rivais alagoanos CRB e CSA, esse último acabaria subindo, além do Figueirense. Depois, veio um empate com o Fortaleza, que seria o campeão daquela edição, sucedido por quatro vitórias seguidas sobre São Bento, Juventude, Boa Esporte e Coritiba.
Na última rodada, no entanto, a Macaca não conseguiu superar o Avaí em confronto direto na Ressacada, em Florianópolis. O empate sem gols serviu à equipe catarinense para comemorar o acesso e deixou os comandados de Kleina com o gostinho amargo de “quase” na boca.
Naquela ocasião, após 29 rodadas disputadas, a Ponte Preta aparecia na 13ª colocação da Série B, com 37 pontos, dois a menos do que agora. A equipe de Gilson Kleina encerrou a campanha com 60 pontos, ficando fora do G4 apenas pelos critérios de desempate.
O caminho é longo e árduo, mas se repetir o mesmo desempenho de 2018, com 85% de aproveitamento na reta final, a equipe do Hélio dos Anjos chegará aos 62 pontos, suficientes para o acesso em três das quatro últimas edições da Série B. Será que ainda dá?