Com o empate em 0 a 0 com o Guarani no Dérbi 201, disputado na última sexta-feira (17), no estádio Moisés Lucarelli, a Ponte Preta comemorou a manutenção do tabu de 12 sem perder para o seu maior rival dentro de casa, mas por outro lado lamentou a perda da sequência de cinco vitórias consecutivas como mandante na Série B.
Pior visitante entre todos os 20 times do campeonato, com míseros quatro pontos, a Macaca alcançou a marca de oito rodadas seguidas fora da zona de rebaixamento, mas isso só foi possível por conta da melhora de seu desempenho no Majestoso.
Como efeito de comparação, a Macaca somou apenas nove pontos nos primeiros 13 jogos da Série B, mas reagiu e desde então acumulou 17 pontos nos últimos 11 jogos. Neste recorte mais recente, 16 pontos foram conquistados em Campinas, graças às vitórias sobre Goiás, Londrina, Confiança, Brusque e Sampaio Corrêa, além do empate com o Guarani no Dérbi.
Com a reação registrada neste segundo terço de competição, a Ponte Preta detém a 5ª melhor campanha como mandante na Série B, posição bem distante da 15ª colocação geral que ocupa, com 26 pontos.
Como será muito difícil evitar tropeços nos sete jogos em casa até o fim de novembro, ainda mais em se tratando de um campeonato tão equilibrado como é a Série B, a Ponte Preta precisará melhorar o seu desempenho nos também sete jogos que ainda restam longe de casa. O primeiro obstáculo desse desafio será o Operário, adversário da próxima quarta-feira (22), às 21h30, no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa.
Análise do comandante
Com histórico de duas vitórias, dois empates e uma derrota nos cinco Dérbis em que já dirigiu a Ponte Preta, em diferentes passagens de 2011 para cá, o técnico Gilson Kleina comandou a Macaca exatamente nos últimos três clássicos que a equipe alvinegra não balançou as redes. Ele também era o treinador no empate em 0 a 0, em novembro de 2019, e na derrota por 1 a 0 em junho deste ano, ambos no Brinco de Ouro, pela Série B.
Em mais um clássico de pouca inspiração e nenhuma bola na rede de sua equipe, Gilson Kleina valorizou a entrega dos jogadores. “É claro que a gente sempre quer a vitória, mas não dá para não enaltecer o trabalho desses atletas, que fizeram de tudo para sair com os três pontos. Queríamos muito dar alegria ao nosso torcedor, mas temos que valorizar o ponto e a entrega porque a gente enfrentou uma equipe que está lutando na parte de cima. Mais uma vez, jogamos um futebol com desempenho de bom para ótimo, então agora é manter esse nível para que possa acontecer a primeira vitória fora de casa”, avaliou o treinador.
O comandante de Macaca também comentou sobre a escolha pela escalação do atacante Moisés, que era dúvida para o Dérbi até minutos antes do apito inicial devido a um problema no joelho. “Os jogadores fizeram de tudo para estar nesse jogo, como foram os casos do Moisés e do Iago. Preciso até parabenizar os profissionais do Departamento Médico, que tiveram uma entrega muito grande, assim como os jogadores que estão voltando. Todo grande jogador vale o sacrifício. Moisés poderia ter decidido o clássico, então é importante a presença dele”, justificou Kleina.
Apesar de ressaltar o lado positivo da determinação de seus comandados, Gilson Kleina lamentou chance clara perdida pelo meia Fessin, aos 23′ do primeiro tempo, que poderia ter mudado a história do jogo, embora tenha sido um fator de crescimento da Ponte Preta na partida.
“No futebol, cada um tem um ponto de vista, mas para mim a bola do jogo foi a transição com o Rodrigão que terminou com o Fessin. Se ele desse um tapa na bola, acho que sofreria o pênalti, mas depois a equipe cresceu, pegou confiança, se organizou e se equilibrou. Tivemos arremates de fora da área e começamos a ter jogadas. Faltou realmente detalhes de melhor posicionamento na bola parada, finalização e tranquilidade”, apontou o técnico pontepretano.