Campinas é a 11ª cidade do país em potencial de consumo. Os números são do estudo anual sobre Intenção de Consumo realizado pela consultoria IPC Maps. Segundo o levantamento, Campinas é o único município que não é capital a aparecer entre as 12 primeiras da lista (R$ 54,27 bilhões). São Paulo ocupa o primeiro lugar, seguido pelo Rio. Já a população da Região Metropolitana de Campinas (RMC) deve gastar este ano 7,33% a mais do que em 2022: a projeção é de R$ 149,27 bilhões, ante R$ 139,07 bilhões do ano passado.
No comparativo nacional, o aumento de consumo da RMC supera a média do país, que ficará em 2,7%, conforme o IPC Maps. Habitação consumirá a maior parte do orçamento na RMC, 26,69% do total. Alimentação vem em seguida, enquanto as despesas com veículo aparecem em terceiro lugar.
As viagens de passeios, turismo, hospedagens, alimentação e passagens estão na categoria que apresentou maior alta no comparativo. Na RMC, os gastos com esses itens para 2023 devem somar R$ 2.163 bilhões, contra R$ 1.970 bilhão gastos no ano passado, o que representa uma alta de 9,8%.
Segundo o estudo, o maior volume de gastos com viagens hotéis deverá se concentrar entre as famílias de classe B, com R$ 1.014 bilhão até o final do ano. A classe C aparece na segunda colocação de intenção de gastos, com R$ 496,566s milhões, seguida pela Classe A, R$ 428,224 milhões, e a trabalhadores da Classe D/E 31.514 milhões.
O movimento do turismo regional, tanto de negócios como de passeios, também está impactando nos negócios do setor hoteleiro. Segundo o IPC Maps, a região de Campinas conta com 613 empresas enquadradas como Alojamento, 2,5% maior que o número de 2022.
Vanderlei Costa, presidente do Campinas e Região Convention & Visitors Bureau (CRC&VB), entidade que trabalha pelo fomento da hotelaria e do turismo na região, ressalta que o setor de hospedagem da RMC já vem uma linha ascendente desde janeiro do ano passado, com a retomada dos eventos corporativos e a volta de diversos shows presenciais, o que levou os hotéis a estarem com mais de 60% de sua capacidade de ocupação, índice que vem se mantendo em estabilidade ao longo do ano.
Para ele, o turismo e eventos ainda representam 20% do movimento regional, o que poderia ser ampliado com atrações de show e maior divulgação das atrações turísticas na região.
“Embora uma parcela significativa dos moradores desconheça, nossa região tem diversas atrações e pontos turísticos que podem ser melhor aproveitados e desfrutados nos finais de semana, o que elevaria ainda mais os gastos”, comenta.