Depois de quase oito anos, os alunos do Colégio Técnico de Campinas, o Cotuca da Unicamp, voltam a ocupar o prédio histórico da instituição, na Rua Culto à Ciência. Na manhã desta sexta-feira (4), uma cerimônia marcou a reocupação do espaço, que foi reformado por meio de uma parceria entre a universidade e a Campinas Decor, mostra de decoração, arquitetura e paisagismo, Campinas Decor. O semestre letivo terá início na próxima segunda-feira (7).
O complexo do Edifício “Bento Quirino” foi cedido pela Secretaria de Educação para uso da Unicamp e abrigou o colégio de 1967 a agosto de 2014, quando foi interditado por falta de condições de uso. Até o ano passado, os alunos do Cotuca ocupavam um prédio alugado no bairro Taquaral.
O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, o Tom Zé, destacou a relevância do Cotuca para a cidade e desta parceria para que a unidade fosse reformada. “Esta é a terceira parceria da Unicamp com a Campinas Decor e foi fundamental para recuperar este prédio. É uma importante conexão com a comunidade campineira”, disse o reitor.
“Esta entrega é de extrema relevância, tanto para o ensino quanto para o patrimônio histórico. O Cotuca sempre teve ensino de excelência. Esta reforma também ressalta a importância de unir forças com o objetivo comum de valorizar a cidade”, afirmou o prefeito, Dário Saadi.
O prédio tem 23 salas de aula, 21 laboratórios de ensino, biblioteca, refeitório, áreas de convivência e administrativas. O colégio oferece 17 cursos técnicos e quatro especializações técnicas.
Na próxima segunda-feira, o Cotuca viverá mais uma data importante. Após quase dois anos de pandemia e aulas on-line, os alunos retomam o ensino presencial. O retorno dos estudantes será escalonado e obedecerá protocolos.
Histórico
O Cotuca foi fundado em 1967, mantido pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), no prédio da Rua Culto à Ciência, doado em testamento pelo vereador, abolicionista, Bento Quirino, com a intenção de que ali funcionasse um colégio técnico.
Bento Quirino faleceu em 26 de dezembro de 1915 e seu inventariante contratou o engenheiro e arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo para a obra no prédio, concluída em 1918. O prédio é tombado como Patrimônio Histórico e Cultural.