A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) é a segunda melhor universidade do País segundo o ranking QS World University Rankings 2024, formulado pela editora britânica Quacquarelli Symonds. Na América Latina, a instituição figura na oitava posição e, no ranking mundial, está na posição 220 entre 1.499 instituições classificadas, 77 a mais que na edição do ano passado.
Entre os itens avaliados na composição do ranking, a Unicamp se destaca por sua reputação entre acadêmicos e pesquisadores do mundo e entre empresas e instituições. A universidade também obteve um resultado significativo na avaliação de suas ações de sustentabilidade, quesito incluído pela primeira vez no ranking QS. A primeira do ranking no Brasil, segundo os critérios do QS, é a Universidade de São Paulo (USP).
“Estamos bastante contentes com o resultado do ranking QS. A Unicamp subiu nos indicadores de reputação acadêmica e reputação empresarial”, afirma Renato Garcia, assessor da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU).
A pontuação geral da universidade foi de 42,7 do total de 100 pontos. Na reputação acadêmica, que corresponde a 30% do peso da pontuação geral, os dados mostram que a Unicamp subiu de 68,7 para 70,3 pontos. Já a reputação empresarial representa 15% do peso global. Neste quesito, a instituição saiu de 32,7 para 50,1 pontos.
“O reconhecimento da Unicamp aumentou bastante junto ao mercado, tanto entre empresas privadas e estatais, indústrias, bancos. Temos muitos ex-alunos atuando nessas instituições, o que nos ajuda a conquistar esse reconhecimento”, explica Garcia.
Além da reputação das universidades entre a comunidade acadêmica e o mercado, o Ranking QS avalia indicadores tradicionais do meio universitário, como o impacto gerado pelas pesquisas, citações feitas das publicações e internacionalização, critérios em que a universidade teve um desempenho inferior. “Com relação à internacionalização, o indicador mensura a participação tanto de alunos, quanto de professores estrangeiros na universidade. Já no caso das citações, o índice corresponde a 20% da nota geral da instituição”, pondera Fernando Sarti, pró-reitor de Desenvolvimento Universitário.
“Estas dimensões merecem uma atenção especial da universidade, que tem desenvolvido ações específicas para avanços nessas áreas”. Ele cita o exemplo do Programa de Incentivo a Novos Docentes (PIND) e o Programa de Pesquisador de Pós-Doutorado (PPPD).
Neste ano, foram incluídos à pesquisa novos indicadores de empregabilidade, participação na rede internacional de pesquisas e sustentabilidade. Em relação a este último, a Unicamp se destaca com 74,8 pontos, o que a classifica como quarta mais sustentável da América Latina. Segundo Renato Garcia, isso se deve aos investimentos feitos pela universidade em projetos de energias renováveis, gestão de resíduos, redução no desperdício de água, entre outros.
Entre as instituições brasileiras avaliadas pelo ranking, a Universidade de São Paulo (USP) aparece em 85ª posição mundial, primeira colocada no Brasil. Além de Unicamp e USP, o ranking traz também a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na posição 371; a Universidade Estadual Paulista (Unesp), na posição 419, e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio), na posição 595.