O Natal de 2021 já foi o do reencontro em família. Depois de quase dois anos de restrições e distanciamento de amigos e parentes, o campineiro voltou a se organizar em grupos. Desde o início do mês tem sido mais frequente o agendamernto de confraternizações em bares e restaurantes, seja de colegas de trabalho ou companheiros de vida. No Réveillon, os encontros vão se repetir com intensidade, já que a sensação de segurança sanitária é bem maior após os bons índices de vacinação em massa.
Em Campinas, por exemplo, foram aplicadas 2.112.725 doses da vacina contra a Covid-19, sendo 966.897 primeiras doses, 953.181 segundas doses e doses únicas e 192.647 doses adicionais, conforme dados disponibilizados pelo boletim oficial da Secretaria Municipal de Saúde no último dia 29 de dezembro. Os números mostram que aproximadamente 94% da população têm o esquema vacinal completo. No Brasil, 80% do público de mais de 40 anos também está em dia com a vacinação.
Com fuso horário de 16h em relação à Brasília, a Nova Zelândia foi uma das primeiras nações que, historicamente, “chegam antes” ao Ano-Novo. E no país da Oceania, os brindes e os votos de esperança vieram em forma de um show de luzes nos ponyos turísticos das principais cidades. Já os australianos deram adeus a com fogos de artifício em seu lugar tradicional, o porto de Sydney.
Para especialistas ouvidos pelo Hora Campinas, curtir o Réveillon requer responsabilidade. Nada de achar que não há mais pandemia do novo coronavírus. Ao contrário, a variante Ômicron está batendo à porta. Além disso, a cidade vive um surto de síndrome gripal, com impacto nas redes pública e privada. Neste sentido, os protocolos sanitários visam proteger da Covid-19 e de outros vírus respiratórios.
Veja abaixo o que os médicos Carlos Arca, diretor-técnico do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, e Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), recomendam.
Carlos Arca, por exemplo, reforça que os casos de síndrome gripal elevam a preocupação para o Réveillon. Ele destaca a necessidade de se proteger as crianças, para que elas não sejam expostas aos ambientes aglomerados, já que elas têm contraído infecções nesta reta final do ano e buscado ajuda nos pronto atendimentos. “O ideal é que crianças e idosos estejam mais protegidos”, alerta.
Raquel Stucchi, professora da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, lembra que o Réveillon será celebrado com a presença ameaçadora de dois vírus altamente contagiosos, a variante Ômicron e a cepa da influenza H3N2. Ela recomenda fazer a reunião num “ambiente preferencialmente aberto ou pelo menos bem ventilado, com portas e janelas abertas”.
A especialista sugere que os encontros tenham no máximo de dez a 15 pessoas, todas vacinadas e com imunização há menos de seis meses.
“Todos aqueles que tenham algum sintoma que possa ser atribuído à H3N2 ou à Covid-19, que não compareçam à confraternização. Quem amanhecer com dor de garganta, dor no corpo e nariz escorrendo, não deve ir à confraternização”, adverte. “E é claro, muito álcool em gel para a higienização das mãos, manter o uso de máscara quando não estiver se alimentando”, conclui.
VEJA ABAIXO A LISTA DE RECOMENDAÇÕES PARA UMA REUNIÃO FAMILIAR SEGURA
♦ Vacinação em dia contra a Covid-19 (com as duas doses)
Estar com o calendário vacinal cumprido é protocolo indispensável. Não há espaço para negacionismo quando as evidências científicas demonstram a necessidade da proteção com o imunizante. Se estiver com a dose reforço, a depender do grupo e faixa etária, melhor ainda.
♦ Uso de máscaras nos deslocamentos e abraços
O uso da proteção facial é outra medida essencial. Nos casos de abraços festivos, os especialistas pedem a máscara, mas sabe-se que isso é bem difícil. Pelo menos, reiteram eles, que não haja grandes aglomerações.
♦ Confraternizações em espaços abertos e bem ventilados
A recomendação dos especialistas é para brindar o Ano-Novo em locais arejados. A meteorologia está indicando chuva para esse período, mas a cautela pede que a confraternização ocorra em espaços ventilados.
♦ Testes de antígenos
Para aqueles que podem pagar e que estarão ao lado de grupos mais vulneráveis, o teste contra a Covid-19 é um reforço nos protocolos de segurança.
♦ Distanciamento necessário
Procure não ficar juntinho. Respeite a distância de 2m entre as pessoas presentes à confraternização
♦ Lave bem as mãos
A higiene das mãos é medida essencial. Lave bem as mãos antes, durante e depois dos encontros.
♦ Não compartilhe talheres, pratos e copos
Essa medida parece ser a mais elementar, mas há quem ainda descumpra essa regra básica. Dê preferência a material descartável.