Entre vidas perdidas, saúde testada ao limite e hospitais sobrecarregados, a pandemia expôs a eficiência do sistema de imunização de Campinas. O município iniciou o mês de julho com mais de 700 mil doses de vacina contra a Covid-19 aplicadas na população maior de 18 anos. Até setembro, espera-se que todo o público adulto tenha recebido ao menos uma dose do imunizante.
Os números indicam que quase 60% da população de Campinas com mais de 18 anos já foram imunizados com a primeira dose da vacina contra a Covid e mais de 13% receberam a segunda. O município só fica atrás da Capital na quantidade de doses aplicadas. Apenas 0,4% das pessoas que deveriam tomar a segunda dose não compareceram para completar o ciclo vacinal, um dos índices mais baixos do País.
Nas quatro primeiras edições do Dia D contra a Covid, foram aplicadas 100.104 doses de imunizantes. O sucesso da ação é amparado pelo logística de criar postos de vacinação em mais de 60 centros de saúde da cidade, em finais de semana ou feriados, o que facilita o deslocamento da população. É uma megaoperação, na qual são mobilizados mais de 1,2 mil servidores, que começaram seus trabalhos às 6h da manhã, com apoio da Guarda Municipal no transporte das doses para as unidades. As equipes são coordenadas pelo Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) e pelo Departamento de Saúde.
Em dias normais, 63 centros de saúde também estão disponíveis para atender os agendamentos da campanha de imunização, que no último dia 7 já recebia a inscrição de pessoas a partir dos 37 anos de idade. Apenas os CSs Boa Esperança, Carlos Gomes, Campina Grande e Bassoli não realizam a aplicação das vacinas.
O mês de julho começou com a fila de espera por leitos de UTI zerada pela primeira vez em 45 dias e a taxa de ocupação dos hospitais baixou dos 90% após mais de um mês acima desse patamar. Enquanto a vacinação avança, e a população mantém o respeito às medidas sanitárias, os números da pandemia retrocedem.