O monitoramento de doenças causadas pelo Aedes aegypti realizado semanalmente pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) aponta que há casos confirmados de dengue em 626 municípios de São Paulo, o equivalente a 97% do estado. Até o último dia 23 de dezembro, foram registrados 318.996 casos e 284 óbitos pela doença.
Apesar da queda de 3,6% de confirmações em comparação com o mesmo período do ano passado, o Governo de SP alerta para a necessidade de prevenção durante o verão, estação que acelera o ciclo de reprodução do mosquito devido ao aumento das temperaturas e chuvas.
“As condições climáticas dos meses que antecedem o verão e do próprio verão são favoráveis ao desenvolvimento do Aedes aegypti e, consequentemente, o aumento do número de casos das arboviroses urbanas no estado de São Paulo. Enfrentar o mosquito é uma tarefa contínua e coletiva que envolve toda a sociedade”, explica a assessora em saúde pública do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do estado de São Paulo, Nathalia Cristina Soares Franceschi.
O governo de São Paulo lançou, em dezembro, o Programa “São Paulo Sempre Alerta”, que busca articular ações entre as diferentes pastas para fortalecer a infraestrutura preventiva e a segurança da população em casos de desastres naturais. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem papel importante neste processo, capacitando equipes para lidar com os efeitos de eventos climáticos extremos e prevenindo surtos de doenças que possam sobrecarregar a rede pública.
Para 2024, a SES planeja ampliar a capacitação para todos os municípios do Estado para investigação de surtos e monitoramento de doenças diarreicas agudas, promover o fortalecimento da rede quanto à preparação e resposta a emergências em saúde pública, ampliar as campanhas de sensibilização quanto às doenças que podem estar relacionadas a enchentes, inundações e enxurradas, bem como campanhas de orientação e combate ao mosquito Aedes aegypti.