A Semana Guilherme de Almeida começa nesta terça-feira (4) e segue até 11 de julho, com o tema “Memórias e Contemporaneidade”. O evento é realizado todos os anos pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, por meio da Coordenadoria Departamental de Bibliotecas e comissão organizadora, conforme a Lei Municipal 10.138, de 25 de Junho de 1999. A Semana é gratuita e a programação está bem diversificada.
A secretária municipal de Cultura e Turismo, Alexandra Caprioli, abre oficialmente o evento, às 10h, na praça Guilherme de Almeida, em frente ao Palácio da Justiça, Centro de Campinas. No local haverá apresentação com a Banda Musical da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), declamações poéticas, varal de Haicais e doações de livros.
“Mais um ano Campinas vem homenagear seu filho ilustre e a Semana presenteia a população com suas obras versadas por outros grandes literatas que dão voz e vida à genialidade do nosso eterno Príncipe poeta Guilherme de Almeida”, destaca a coordenadora de Bibliotecas, Dandewara Pereira.
A Comissão Organizadora da Semana Guilherme de Almeida e da Arte Moderna é composta por Academia Campineira de Letras, Ciências e Artes das Forças Armadas; Academia Campineira de Letras e Artes; Academia Campinense de Letras; Associação Brasileira Carlos Gomes de Artistas Líricos; Associação Lítero-Sócio-Cultural OndulArte; Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro; Ateliê Lisa França; Biblioteca Pública Distrital de Sousas “Guilherme de Almeida”; Câmara Municipal de Campinas; Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura; Casa Guilherme de Almeida – Centro de Estudos de Tradução Literária; Centro de Ciências, Letras e Artes; Companhia Teatral Cenarte Produções Artísticas; Conservatório Carlos Gomes; Coordenadoria Departamental de Bibliotecas Públicas de Campinas; MMDC Campinas; Rotary Clube de Campinas Cambuí; Secretaria Municipal da Educação; Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e União Brasileira de Trovadores UBT Seção Campinas.
Programação – dia 4 de julho
10h – Concentração na Praça Guilherme de Almeida. Banda Musical da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) toca dobrados.
10h10 – Execução do Hino Nacional Brasileiro pela Banda Musical da EsPCEx
– Canção do Expedicionário – Banda da EsPCEx. Cantores.
10:15 – Abertura – Palavras da secretária de Cultura e Turismo, Alexandra Caprioli e da coordenadora de Bibliotecas, Dandewara.
10:20 – Convite aos membros da Comissão Organizadora, que estiverem presentes, para se dirigirem ao local onde se encontra o microfone.
10:25 – Coordenadora de Bibliotecas Públicas faz o anúncio dos eventos programados a serem desenvolvidos durante a semana. Anuncia também a distribuição de livros e o varal de Haikais.
10:30 – Anúncio do orador da solenidade, dr. Agostinho Toffoli Tavolaro, para alocução sobre Guilherme de Almeida.
10:45 – Fala do Presidente da Academia Campinense de Letras, Dr. Jorge Alves de Lima.
10:50 – Participações de Poetas em Declamação
- Rosi Luna, da ACLA – Um pouco de Guilherme de Almeida
- Giovanni Galvão – As Três Coroas
- Lisa França – “Rua das Rimas”
Doação de livros
11:30 – Encerramento
Sobre Guilherme de Almeida
Guilherme de Almeida, poeta e ensaísta, nasceu em Campinas, em 24 de julho de 1890, e faleceu em São Paulo, em 11 de julho de 1969. Filho do jurista e professor de Direito Estevam de Almeida, estudou nos ginásios Culto à Ciência, de Campinas, e São Bento e Nossa Senhora do Carmo, de São Paulo.
Cursou a Faculdade de Direito de São Paulo, onde colou grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1912. Dedicou-se à advocacia e à imprensa em São Paulo e no Rio de Janeiro. Foi redator de O Estado de São Paulo, diretor da Folha da Manhã e da Folha da Noite, fundador do Jornal de São Paulo e redator do Diário de São Paulo.
A publicação do livro de poesias “Nós” (1917), início de sua carreira literária, e dos que se seguiram, até 1922, de inspiração romântica, colocou-o entre os maiores líricos brasileiros. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, fundando depois a revista Klaxon.
Percorreu o Brasil, difundindo as ideias da renovação artística e literária, em conferências e artigos, adotando a linha nacionalista do Modernismo, segundo a tese de que a poesia brasileira “deve ser de exportação e não de importação”. Os seus livros “Meu” e “Raça” (1925) exprimem essa orientação fiel à temática brasileira.
A sua entrada na Casa de Machado de Assis significou a abertura das portas aos modernistas. Formou, com Cassiano Ricardo, Manuel Bandeira, Menotti del Picchia e Alceu Amoroso Lima, o grupo dos que lideraram a renovação da Academia Brasileira de Letras. Em concurso organizado pelo Correio da Manhã foi eleito, 16 de setembro de 1959, “Príncipe dos Poetas Brasileiros”.
Foi membro da Academia Paulista de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Seminário de Estudos Galegos, de Santiago de Compostela e do Instituto de Coimbra. Traduziu, entre outros, os poetas Paul Géraldy, Rabindranath Tagore, Charles Baudelaire, Paul Verlaine e, também, a peça “Entre quatro paredes”, de Jean Paul Sartre.