As empresas da Região Metropolitana de Campinas (RMC) que operam no mercado internacional tiveram saldos positivos nas transações internacionais, em setembro, em relação ao mesmo período do ano passado, o que indica sinais de recuperação, segundo o Observatório PUC-Campinas.
De acordo com informativo do Observatório, houve aumento de 52,6% e 25,3%, respectivamente, nas exportações e importações envolvendo empresas sediadas na região.
Os principais produtos responsáveis pelo crescimento das exportações foram automóveis, máquinas para construção civil, polímeros e resíduos em metais preciosos, que totalizaram US$ 456 milhões em setembro. Nas importações, cujo valor transacionado alcançou R$ 1,4 bilhão, as altas estiveram ligadas às compras de agroquímicos, peças e acessórios para máquinas de escritório, compostos inorgânicos, antissoros e vacinas.
Segundo Paulo Oliveira, economista responsável pela análise, os resultados sinalizam avanço mais intenso de atividade para alguns segmentos das indústrias química, automobilística e, ainda, setores que utilizam circuitos eletrônicos integrados. A exportação de automóveis, por exemplo, subiu 112,15% em setembro comparando com o mesmo período de 2020.
No acumulado de 2021, as importações atingiram a marca de US$ 11,1 bilhões. Já as exportações somaram US$ 3,4 bilhões. O desequilíbrio rende à RMC, este ano, um déficit comercial de US$ 7,6 bilhões.
Contudo, segundo Oliveira, a conjuntura evidencia retomada da atividade do setor externo da região.
“Outro ponto positivo é que, no período citado, mais de 85% das exportações se concentraram em produtos de média-alta e alta complexidades, que estão ligados a maiores níveis de renda e de produtividade”, afirma o professor extensionista.