A CPFL Paulista registrou 230 colisões de veículos contra postes entre janeiro e março deste ano na região de Campinas e cidades vizinhas atendidas pela concessionária. O número representa um aumento de 67,8% no número de casos na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 137 colisões.
Campinas lidera com 63, seguida de Piracicaba, com 30. Segundo a CPFL, o levantamento é um alerta aos motoristas numa referência ao Maio Amarelo, mês dedicado à conscientização sobre a segurança no trânsito.
No comparativo, algumas cidades se destacam. Em Piracicaba as ocorrências dobraram: foram 15 no primeiro trimestre de 2023. Monte Mor e Capivari, que não tiveram colisões contra postes no ano passado, registraram, respectivamente, 12 e 8 em 2024.
“De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), cerca de 1,35 milhão de pessoas morrem anualmente no mundo por conta de sinistros de trânsito e o Brasil está entre os países com mais mortos e feridos”, alerta o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da CPFL Energia, Raphael Campos. “Portanto, alertar sobre os riscos dos acidentes de trânsito, especialmente os que envolvem postes de energia, é uma ação permanente da CPFL. É importante continuarmos incentivando a discussão, uma vez que os índices seguem elevados. Somente nesses três primeiros meses do ano, tivemos um aumento preocupante dos casos na região de Campinas: foram dois por dia, em média”, comenta.
Transtornos
Além dos perigos para o condutor, os demais motoristas em circulação na via e os pedestres, as colisões contra postes têm potencial de causar transtornos para a população em geral, por causa das interrupções de energia.
“Mesmo que o impacto da batida não afete de imediato o fornecimento, após o acidente, na maioria das vezes, é necessária a substituição do poste e a reconstrução da rede de distribuição, o que demanda horas de trabalho e pode exigir o desligamento emergencial”, informa a concessionária. “Dependendo da gravidade do ocorrido, as equipes precisam ainda aguardar a conclusão da perícia policial para iniciar a manutenção”, salienta a CPFL.
Outro reflexo das colisões é que o condutor pode ter que arcar com os danos provocados à rede elétrica. Nos casos em que haja identificação, o culpado legal é cobrado pela concessionária pela reposição do poste, atualmente avaliado entre R$ 3 mil e R$ 14 mil. A diferença considera os equipamentos instalados tanto pela CPFL quanto pelas empresas que ocupam a estrutura. Um poste com iluminação pública simples, por exemplo, tem menor valor que aquele que sustenta um transformador de energia e equipamentos de telecomunicações, de acordo com informações da CPFL.
Confira abaixo um comparativo com o número de colisões contra postes: