O empresário campineiro é notadamente empreendedor. Segundo a plataforma Empresômetro, uma consultoria do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), houve crescimento de 15,7% no número de empresas ativas na cidade no terceiro trimestre deste ano, se comparado com o mesmo período do ano passado. O número de empresas abertas na cidade passou de 161.867 para 187.206.
Campinas é a única cidade do Interior entre as 20 primeiras no ranking de empresas ativas no Brasil, conforme mostrou reportagem publicada no Hora Campinas.
Em relação ao Estado, a cidade é a segunda com maior participação no número de novas empresas abertas entre janeiro e setembro desse ano. Foram ao todo 25.339 novos negócios.
Esse movimento empreendedor foi impulsionado pela necessidade de se obter uma fonte de renda ou para realizar o sonho de ser dono da própria empresa. No Brasil, foram mais de 3,9 milhões de empreendedores que se formalizaram no ano passado. Esse número representa um crescimento de 19,8% em relação a 2020.
No entanto, valem aqui algumas reflexões sobre começar um negócio. Abrir uma empresa, mesmo que pequena, não é uma missão barata.
E um dos primeiros riscos que o empreendedor enfrenta é ter uma fonte segura de onde extrair o dinheiro para começar o negócio. De acordo com a Revista Exame, 88% dos recursos utilizados pelos pequenos empreendedores iniciantes vêm de economias próprias ou da família. E, quando o negócio fecha de forma precoce, a maior parte perde, pelo menos, 50% do valor que foi investido.
Por isso, é importante saber a diferença entre ter um perfil empreendedor e querer, de fato, empreender. Boa parte dos profissionais do mercado atual possuem diversas características comumente associadas ao perfil empreendedor, como, por exemplo, ter um olhar atento, saber estabelecer estratégias e possuir competências gerenciais. Entretanto, não gostam da ideia de correr riscos e preferem a estabilidade de um emprego tradicional.
Por outro lado, algumas pessoas sonham em empreender, mas não possuem o perfil necessário para encarar os altos e baixos da vida empreendedora. Nessas horas, é preciso autoconhecimento para ser honesto consigo mesmo e avaliar se é realmente esse caminho que você quer seguir. Caso seja, invista em desenvolver as habilidades necessárias antes de dar o próximo passo.
Você deve estar se perguntando “mas é para correr riscos ou não?”. A resposta é: depende!
Uma das coisas mais importantes que você pode fazer pelo seu negócio é aprender a correr riscos. Porém, é preciso corrê-los de forma calculada. Inovar é exatamente fazer as coisas de um jeito diferente e dar um passo na direção dos seus objetivos.
Entretanto, o bom empreendedor sabe mapear quais riscos existem para tentar minimizá-los com muito planejamento e bastante análise crítica. Isso não quer dizer, entretanto, que as coisas nunca irão dar errado. Errar é natural, principalmente no início do projeto, mas é preciso garantir que esses erros não sejam fatais para o negócio.
Por isso, é importante ter confiança em si mesmo e nas suas habilidades, mas não deixe de se atualizar e aprender coisas novas. Quanto mais conhecimento você tiver sobre o negócio, mais confiante ficará quando for necessário correr um risco para alcançar o sucesso.
Lembre-se também que é importante avaliar os riscos e compreender o que é necessário para reduzi-los, como, por exemplo, contratar seguro empresarial e ter um bom planejamento financeiro.
O seguro deixa a empresa preparada para imprevistos, dando mais tranquilidade e minimizando impactos para o empreendedor. Entre as cinco principais coberturas do seguro estão danos elétricos, subtração de bens, quebra de vidros, vendaval e incêndio. E o empreendedor pode contar com serviços emergenciais.
Riscos sempre vão existir, mas eles podem ser mais ou menos impactantes. Com isso, o sonho de ter um próprio negócio próspero e duradouro pode ficar mais próximo da realidade.
Walmando Fernandes, administrador de empresas e MBA em gestão empresarial, é Head da Porto na região de Campinas