O suspeito detido pelo assassinato do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe confessou ter cometido o crime e afirmou ter usado uma arma de fabricação caseira, segundo informações da polícia da região de Nara, onde o crime ocorreu no início desta sexta-feira. Segundo a polícia japonesa, o suspeito é um desempregado de 41 anos, Tetsuya Yamagami
“O suspeito disse guardar rancor contra uma certa organização e confessou ter cometido o crime porque acreditava que o antigo primeiro-ministro Abe estava relacionado com ela”, declarou o oficial aos jornalistas.
“É o que o suspeito afirma e determinamos que a arma utilizada aparenta claramente ser artesanal, mas a nossa análise ainda está em curso”, afirmou um agente.
Shinzo Abe morreu nesta sexta-feira, aos 67 anos, depois de ter sido atingido com dois tiros no pescoço quando discursava num comício de rua do Partido Liberal Democrático (LDP, no poder) perto da estação ferroviária de Nara, uma cidade do oeste do Japão.
O político ainda foi transportado para o hospital, mas já com parada cardiorrespiratória. A morte sido confirmada cerca de cinco horas depois.
Abe foi primeiro-ministro em 2006-2007 e depois de 2012 a 2020, tendo sido o chefe de Governo mais jovem do pós-guerra, aos 52 anos, o primeiro nascido depois da Segunda Guerra Mundial e o que esteve mais tempo no cargo.