Mais uma vez o Guarani não convenceu o torcedor, mas Lucão do Break voltou a brilhar, e o Bugre venceu o Maricá por 1 a 0, no estádio Elcyr Resende de Mendonça, em Saquarema, pela primeira fase da Copa do Brasil. Classificado, o técnico Daniel Paulista reconheceu que a equipe não teve a atuação esperada, porém enalteceu que o Alviverde cumpriu a missão de chegar à próxima fase do torneio nacional.
“A Copa do Brasil é um campeonato onde o Guarani fez tanto para participar. Nós, que estamos aqui desde o ano passado, sabemos a luta que foi dentro da Série B para alcançar bons resultados para que o Guarani, nesse ano, estivesse nessa competição. Então nós fizemos o que tinha que ser feito, que era classificar o Guarani. Não foi a melhor apresentação em termos técnicos, táticos e de rendimento, mas foi a apresentação que poderíamos fazer para chegar à próxima fase”, pontuou o treinador em entrevista coletiva.
Contestado por parte da torcida do Guarani, Daniel Paulista relembrou o duelo contra o Santo André, no último sábado (26), quando o time de Campinas acabou derrotado em casa, por 3 a 2, de virada. O comandante alviverde contou como foram os últimos dias de trabalho antes de encarar o Maricá, citou que o ônibus do Bugre quebrou no caminho para o estádio Elcyr Resende de Mendonça, em Saquarema, e também lamentou o forte calor na cidade do Rio de Janeiro.
“Nós jogamos no sábado às 20h30 com todas as dificuldades que tivemos dentro da partida. Tivemos apenas o domingo e a segunda-feira de recuperação, porque, na terça, às 16h, já nos encontrávamos dentro de campo diante de todas essas condições que dificultavam as coisas. Mais ainda, tudo aquilo que aconteceu no último sábado, a maneira como a derrota aconteceu e as circunstâncias que as situações negativas aconteceram no último sábado. Isso também impactou no lado psicológico e no lado emocional dos atleta”, ressaltou o comandante bugrino.
“Nós tivemos uma dificuldade pré-jogo da quebra do nosso ônibus. Tivemos ali alguns contratempos para que a equipe chegasse aqui, mesmo de uma forma tardia que o habitual para acelerar o aquecimento. Jogamos em um campo que, infelizmente, não se encontra em boas condições, dificultando muito o aspecto de toque de bola. Eu acho que isso prejudica não só o Guarani, mas também a outra equipe que vai estar jogando. Isso foi um dos problemas. A questão do calor só sabe quem esteve aqui. Nós tínhamos ali em torno de 33 ou 34 graus no termômetro e uma sensação térmica girando em torno de 40 graus. Então para um atleta profissional de futebol essas condições são complicadas, principalmente para uma equipe que vem de um jogo com menos de 72 horas”, completou.
Retorno de Índio
Após escalar o Guarani com três atacantes na derrota diante do Santo André, Daniel Paulista optou pela saída de Yago e promoveu o retorno de Índio ao time titular. O treinador explicou a escolha pela volta do volante e atrelou isso a falta de informações sobre o Maricá, clube com apenas cinco anos de vida, que atualmente disputa o Campeonato Carioca da Série A2.
“A gente costuma pensar muito o futebol em cima daquilo que o adversário vai te proporcionar. No aspecto de comparativo com a rodada anterior, nós víamos que precisávamos de velocidade pelos lados. Ambos os lados precisavam ter velocidade para aproveitar os espaços que o adversário proporcionava. Por isso, entramos com uma equipe com praticamente três atacantes e com dois homens de velocidade pelos lados, deixando de lado a opção com três volantes”, pontuou o técnico.
“(O esquema com três volantes utilizado diante do Maricá) foi uma opção que, no Dérbi especificamente, deu muito certo. Diante do Maricá, voltamos a esse planejamento devido às poucas informações que tínhamos sobre o adversário. Foi em virtude também do nosso momento de recuperação no aspecto físico, muito próximo entre um jogo e outro. Foi para a gente ter um pouco mais de força para bloquear qualquer tipo de situação que o adversário poderia nos proporcionar de dificuldade nesse aspecto. Então foi muito em cima disso das poucas informações”, definiu.
Lucão do Break
Fundamental no Guarani desde o início da temporada 2022, o atacante Lucão do Break voltou a ser decisivo ao balançar a rede novamente e marcar o gol da vitória de 1 a 0 do Bugre sobre o Maricá. Daniel Paulista elogiou o centroavante e todo o elenco alviverde.
“O Lucão do Break é um atleta que tem se empenhado coletivamente. Primeiro, tem pensado no coletivo da equipe e, dentro dos jogos, tem tido a sabedoria e a competência nas oportunidades que são lhe apresentadas. Ele está sabendo aproveitar essas chances e tem contribuído muito com a equipe. Não é só ele, mas existem outros jogadores também que fazem um papel tão importante, que, às vezes, passam despercebidos ao olhar do torcedor e ao olhar da imprensa, mas que são de extrema importância dentro de grupo”, finalizou.