Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, CPFL e Departamento de Parques e Jardins trabalham intensamente nesta quarta-feira (18) para reparar os estragos provocados pelo temporal que atingiu Campinas na terça. O município está em estado de atenção e, conforme boletim meteorológico, deve permanecer assim pelos próximos cinco dias.
O prefeito Dário Saadi esteve presente em alguns locais atingidos e convocou uma reunião de urgência com seu secretariado para atualizar o balanço dos estragos e intensificar as ações de combate a esta situação. A reunião será às 11h desta quarta, na Sala Azul.
Entre a tarde de terça-feira (17) e a madrugada desta quarta a Defesa Civil registrou 15 alagamentos de imóveis, duas erosões em via, cinco quedas de muro e quatro deslizamentos. Não há registro de desabrigados, desalojados ou de pessoas feridas.
A precipitação chegou a ser de 70,8 milímetros em uma hora. Os ventos foram de 37 km/h.
Entre as árvores derrubadas pelo temporal no final da tarde desta terça, uma de grande porte atingiu o muro da Escola Estadual Prof. Djalma Octaviano, no Jardim Pauliceia. No Taquaral, uma moradora ficou impedida de sair de casa em função de uma árvore caída sobre o portão. Várias tombaram no meio de ruas e avenidas, interrompendo o trânsito de veículos até durante o período da manhã desta quarta, como em um trecho da Rua Heitor Penteado. A remoção está sendo feita pelo Corpo de Bombeiros e Departamento de Parques e Jardins da Prefeitura.
De acordo com a Defesa Civil, ocorreram mais de 80 quedas de árvores durante a chuva em todas as regiões da cidade.
Em vários pontos de Campinas houve interrupção da energia elétrica durante o temporal. Em nota, a CPFL informou que o serviço de fornecimento praticamente foi normalizado na manhã desta quarta-feira e que ao longo do dia os trabalhos de reparo teriam sequência. A companhia ressalta que em alguns lugares o restabelecimento do serviço depende da remoção das árvores caídas.
O temporal travou Campinas na terça, já que o maior volume de precipitação ocorreu no horário em que as pessoas voltavam para casa, de intenso movimento.
O trecho da alça de acesso da Rodovia D. Pedro I ao Tapetão, por exemplo, ficou interditado e o congestionamento na via marginal chegou a ser de 1km. Após a chuva, o trânsito ficou bastante carregado em vários setores da rodovia, segundo a Rota das Bandeiras.
No Centro de Campinas, carros foram flagrados boiando.
Em deles caiu na ponte do córrego da Rua Serra Dourada, no bairro São Fernando, após o motorista tentar atravessar em meio ao alagamento. Os dois ocupantes do veículo foram retirados, sem ferimento, pela população. Segundo a Prefeitura, a Secretaria de Serviços Públicos fará um serviço de limpeza no local da queda. Na Avenida Anchieta, uma mulher chegou a ser arrastada pela correnteza e foi resgatada por um grupo. Na Avenida Imperatriz Leopoldina, na região do Taquaral, um homem e a moto que pilotava foram levados pela enxurrada. O motoqueiro conseguiu se salvar e teve ferimentos leves.
No final da Norte-Sul, o piscinão construído para absorver as inundações não deu conta do excesso de água e transbordou. As ruas do entorno ficaram alagadas, assustando os empresários que têm estabelecimento comercial no local.
A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) registrou 13 pontos de alagamento em vias da cidade na tarde de terça. Orosimbo Maia, Princesa D’Oeste, Norte-Sul, Estrada da Rhodia e Av. John Boyd Dunlop foram algumas das vias tomadas pelas águas.
As regiões do Gramado, Heitor Penteado e Taquaral (Rua Arlindo Carpino), foram bastante afetadas também.
VEJA IMAGENS DOS ESTRAGOS (por Leandro Ferreira)
Previsão
Apesar de a quarta-feira ter amanhecido ensolarada, há alerta de risco de temporais ao longo do dia, de acordo com previsão do Cepagri. “O tempo segue instável, com nebulosidade variável, temperaturas elevadas e com previsão de temporais em toda a região”, informa o Centro de Pesquisa Meteorológicas.