Com a proximidade do verão, as tendências para a moda beachwear já começam a bombar nas vitrines e passarelas das coleções desse ano. Nada melhor que ficar por dentro dos biquínis e maiôs que serão as apostas quentes desta estação, né? Conversei com a consultora de imagem Jana Romanini, que traz dicas de modelos que chegam com alinhamentos e recortes diferenciados, criando uma pegada utilitária, que foge da padronagem comum. “Aquelas estampas tropicais, de flores e frutas, dão espaço para as que são usadas em blusas ou calças, o que traz algo inusitado, o look do dia é o mesmo da água”, aponta Jana.
Entre os destaques, os looks total white chegam repletos de texturas em produções monocromáticas, super elegantes. Segundo Jana, as marcas misturam imitação de couro, babados, canelados e tecidos lisos como a lycra nas peças.
No quesito modelagens, os aviamentos, costuras e recortes, como um ombro só, chegam fortes nesta estação. Para quem não abre mão do cortininha, ele vem repaginado na versão top triângulo, que é mais estruturado, com ou sem bojo. “Esse modelo fica muito bonito para quem tem um corpo triângulo invertido, com a parte de cima do corpo um pouco maior. Esse top triângulo deixa essa região mais delicada e valorizada”, diz Jana.
Os modelos top com aro tipo sutiã e o meia taça retro – famoso nos anos 50 por ser usado pela Brigitte Bardot – também ganham os holofotes no verão. “São inspirações de lingeries das gringas e que vem para os biquínis. As mulheres se sentem mais confortáveis”, comenta a consultora.
Na parte de baixo, a calcinha estilo asa delta, aquela bem cavada, forte nos anos 80, invade os desfiles e as lojas.
“São confortáveis e deixam a marquinha mais bonita porque fica menor, do jeito que a brasileira gosta”, comenta Jana.
Ah, o neon continua fortíssimo e chega na moda beachwear em tops e calcinhas, ou em algum tipo de elástico ou amarrações.
Estampas

No quesito estampas, o animal print permanece firme e forte, porém, vai além do seu desenho clássico.
“Vale zebra, abelha, tartaruga, tucano, tudo que imita a selva. Os animais e a natureza estão em alta”, destaca Jana.
Segundo a consultora, a estética hippie, famosa com seu degradê com a moda tie-dye, forte tendência usada na pandemia, vem para os biquínis e maiôs em 2021. Desde os mais ousados aos mais discretos ou em cores suaves, como a tonalidade bebê.
Acessórios
Eles chegam marcantes em lenços, chapéus e óculos. “Quanto mais coloridos e alegres, melhor!”, diz Jana, que aponta para as tramas naturais, como palha e crochê, imitando as fibras. Sempre são bem-vindos em praias e piscinas, assim como a transparência, que lembra acrílico ou plástico, reforça Jana.

Na cabeça, a especialista aposta no bucket hat que é um modelo de chapéu de pescador e um divisor de opiniões. “Ele tem um estilo mais esportivo e causal, dos anos 1990 e 2000. Algumas mulheres se dão bem com ele, porém outras odeiam. Ele não é uma peça clássica e nem atemporal, ele vem e volta, e não se encaixa em todos os estilos. Quem for mais esportiva, que gosta de algo mais confortável e casual, ele estará muito em alta nesta estação e até acabar todo o verão de 2021”, comenta Jana.
Tipos de silhueta
De acordo com a consultora de imagem Jana Romanini, os tons mais claros e estampas clarinhas devem ser usadas na parte do corpo que é menor. “Se a mulher tiver a parte de cima menor e o quadril mais largo, o ideal é que deixe a parte de baixo do biquíni para o oposto do branco, com cores mais profundas, como a marsala e o marinho, ou estampas que levam para o militar, como o verde escuro. Fuja das cores clarinhas”, diz Jana.
A consultora indica também usar modelos como maiôs que escondem a barriguinha, com recortes na lateral, para favorecer a cintura. “Na parte que tem que esconder, trazer tons mais escuros, e a que pode evidenciar, usar cores mais claras”, alerta Jana.

Daniela Nucci é jornalista – danielanucci@horacampinas.com.br