No primeiro semestre deste ano, 220 moradores em situação de rua deixaram Campinas e foram ao encontro de familiares com a ajuda do Programa Recâmbio de Migrantes. O número é 42,86% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. Enquanto nos primeiros seis meses de 2021, 154 encaminhamentos foram realizados, neste ano foram 220.
Os números revelam também um aumento na média de pessoas encaminhadas para suas cidades de origem. Enquanto em 2021 eram 29 viagens por mês, agora são 37.
O Projeto Recâmbio de Migrantes oferece abrigo transitório e realiza entrevista social, investigação diagnóstica, sensibilização do usuário, localização da família, contato com a rede local, elaboração de documentação necessária ao embarque do usuário, referenciamento e recâmbio às cidades de origem.
O sistema funciona a partir de um cadastro único de interessados, que segue critérios de prioridade: primeiro aos adultos com crianças, depois gestantes, doentes, idosos e pessoas em situação de rua e migrantes, considerando-se o quadro de extrema vulnerabilidade, risco pessoal e social na cidade de Campinas.
A Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas explica que o propósito da ação é garantir o retorno seguro e humanizado de pessoas socialmente vulneráveis a seus locais de origem.
“A Administração Municipal acolhe a pessoa em situação de rua, investiga a situação e, se a pessoa estiver em situação de vulnerabilidade social e houver alguém da família ou até amigo disponível para o acolhimento em outra cidade, fazemos o recâmbio”, explicou a secretária Vandecleya Moro.
O interessado em solicitar o recâmbio pode fazer uso desse serviço nos equipamentos da secretaria, como os Centros POP, Samim, Cras e outros. Quem solicitar deve ter uma pessoa com residência fixa que o acolha na cidade de destino. O usuário só pode usar uma única vez este serviço.