A técnica de enfermagem Talita Cristina Joaquim da Silva, de 25 anos, descobriu um tumor na perna direita, depois de escorregar no trabalho e precisar de atendimento médico. Mesmo com o tratamento e diversas cirurgias, a moradora do Parque Itajaí, em Campinas, teve de ter a perna amputada. Agora, três anos após o início do tratamento, ela abriu um financiamento coletivo para arrecadar R$ 50 mil para a prótese e a fisioterapia necessárias para que possa retomar a vida e continuar cuidando da filha de dois anos.
A vida de Talita seguia normal e ela trabalhava em uma ambulância particular. Até que sofreu um acidente de trabalho, segundo ela, quando escorregou em uma fronha e torceu o tornozelo, que demandou atendimento médico.
“Fui para o hospital e lá foi feito um exame de Raio x. A médica disse que estava tudo bem com o entorse, que era só cuidar e ficar em casa, mas que eu tinha um tumor na perna. Eu fui embora e não acreditei. Coloquei gelo quando cheguei em casa, mas aquilo ficou martelando na minha cabeça”, conta Talita.
Naquele mesmo dia, ela saiu de casa e foi ao Hospital Mário Gatti em busca de respostas. A notícia que a pegou de surpresa foi no final de 2018.
“Fiquei no ambulatório do Mário Gatti. Foram feitos vários exames, o tumor foi confirmado e era benigno. É um tumor dentro do osso, na tíbia direita. Eu não ia sentir nada. Conforme o tempo fosse passando, eu ia quebrar a perna e só assim eu descobriria, mas isso poderia demorar muito, lá pelos 50 anos. Mas como era benigno tinha solução, e graças a Deus não precisei fazer quimioterapia nem radioterapia”, lembra.
Na sequência, Talita conseguiu uma vaga na Unicamp, onde iniciou o tratamento, no começo de 2019.
A primeira cirurgia a que foi submetida ocorreu em janeiro de 2019.
“Eles abriram o osso, fizeram a raspagem do tumor e colocaram o osso de volta. Só que meu osso deu rejeição. Fiquei sem uma parte do osso da tíbia e não podia encostar o pé no chão. Em outra cirurgia, colocaram uma placa, mas eu peguei uma infecção hospitalar nessa placa. Fiquei 45 dias internada tomando antibiótico, e precisei de outra cirurgia para limpar a infecção que eu tive. Foram várias cirurgias para salvar a perna”, relata.
Nesse período, surgiu a pandemia, que atrapalhou ainda mais o tratamento. De acordo com Talita, o uso do antibiótico afetou a eficácia do anticoncepcional, e ela engravidou. Por conta de tudo isso, o tratamento ficou mais de um ano suspenso.
“Durante todo esse tempo eu fiquei usando andador, sem poder colocar o pé no chão e com muita dor na perna”, explica. O tratamento continuou suspenso até que a criança estivesse um pouco maior.
“Agora que eu voltei à Unicamp, o médico disse que a perna estava boa e eu poderia fazer a cirurgia. Mas passou um final de semana e a perna infecionou de novo. Ele explicou que era a mesma infecção de 2019 que tinha voltado. Fui internada no Pronto Socorro, mas quando ia subir para a Ortopedia, peguei Covid. Fui me recuperar em casa”, narra.
Ao voltar para o hospital, o médico explicou que o tratamento teria de ser recomeçado do zero, com a limpeza da infecção, igual em 2019, a recuperação seria lenta e sem garantia de que seria bem-sucedida.
“A outra opção seria a amputação, que me daria mais qualidade de vida e recuperação rápida porque eu tenho uma filha para criar, que voltar a trabalhar, estudar. Eu não consigo ficar nesse ritmo, parada, sem fazer nada da vida. Eu optei pela amputação e estou super bem psicologicamente, até melhor que antes, porque eu sei que daqui uns três meses eu vou estar andando, trabalhando e vivendo minha vida. Se eu tivesse escolhido voltar para a cirurgia eu estaria acamada, esperando a recuperação”, conta, com otimismo.
Para que seus planos se realizem e ela possa voltar a ter uma vida mais próxima do que tinha antes, Talita precisa de uma prótese, mas não condições financeiras de arcar com os custos.
“Fizemos dois orçamentos, uma prótese mais básica fica R$ 30 mil, mas a que me permitiria mais mobilidade, custa R$ 48 mil. Então estamos na luta, minha tia abriu uma vaquinha virtual para a gente tentar chegar nesse valor para a prótese e fisioterapia. Se alguém puder nos ajudar, eu ficaria muito grata”, finaliza.
Quem puder e quiser doar tem duas opções:
Uma é pelo PIX 19 9 94310486 Banco Bradesco Agência 1722, Conta Corrente 19528-6.
A outra é pelo link https://www.vakinha.com.br/vaquinha/reabilitacao-talita-protese-e-fisioterapia