A Ponte Preta venceu o Maringá por 1 a 0 no último sábado (28), fora de casa, e confirmou mais uma rodada entre os primeiros colocados da Série C. O resultado levaria a Macaca à liderança da competição com 20 pontos, mas, no domingo (29) o Caxias retomou a ponta ao bater o Ituano por 2 a 1. Com isso, a Ponte aparece em segundo lugar, apenas um ponto atrás do líder.
Mesmo assim, a vitória no Paraná teve peso importante. Caso empatasse ou perdesse, a equipe campineira poderia cair para a quinta posição, já que os concorrentes diretos Londrina e Ypiranga venceram seus jogos na rodada.
Em um jogo de pouca inspiração ofensiva, a Ponte encontrou o gol da vitória no início do segundo tempo, em um chute de fora da área de Lucas Cândido que desviou na zaga e enganou o goleiro Tony. O lance, no entanto, não foi por acaso. Segundo o técnico Alberto Valentim, a jogada foi fruto de treino específico para enfrentar a marcação individual do adversário.
“É pena que vocês não possam ver, mas nós fizemos jogadas de gol nos treinos parecidas com o que o Lucas fez aqui. Sabíamos que o adversário marcava individualmente e poderíamos ter essa superioridade com uma jogada saindo tabelando. Aconteceu com o Dudu e com o Lucas. Um grande gol do Lucas, ele foi muito feliz na batida”, explicou o treinador.
Os caminhos da vitória
O nome do jogo, porém, foi o goleiro Diogo Silva, que garantiu o resultado com pelo menos cinco grandes defesas ao longo da partida. Com o resultado, a Ponte completou seu sexto jogo sem sofrer gols e alcançou a marca de melhor visitante da competição: são quatro vitórias e um empate fora de casa — 13 pontos conquistados de 15 possíveis, o que representa um aproveitamento de 86,6%.
“Tem que enaltecer as estratégias que nós fizemos para esse jogo. Os jogadores cumpriram mais uma vez aquilo que nós tínhamos proposto, tanto do lado defensivo quanto do lado ofensivo”, destacou Valentim.
O técnico também reconheceu a dificuldade da partida diante de um adversário que não perdia em casa há 11 jogos. Segundo ele, o Maringá impôs um jogo físico e direto, como já havia demonstrado em partidas anteriores, estudadas pela comissão técnica:
“É um time que duela o tempo inteiro. Não é um time de posse, mas sim de bola longa direcionada, jogadores que vêm para o apoio, para ganhar a segunda bola. São jogadores com características muito diretas para isso”, avaliou.
Com o resultado, a Ponte segue com a segunda melhor defesa da Série C, com sete gols sofridos — mesma marca de São Bernardo e Floresta — atrás apenas de Náutico e Brusque, com seis.
Próxima partida
Agora, o desafio será quebrar a má fase dentro do Moisés Lucarelli. Nos últimos três jogos em casa — contra Brusque, Ypiranga e ABC — foram duas derrotas e um empate. No total, a Ponte soma apenas duas vitórias, duas derrotas e um empate em casa, com um aproveitamento de apenas 46,6%.
O próximo compromisso é na segunda-feira (7), às 20h, diante do Tombense, 13º colocado. A Ponte torce por um tropeço do Caxias diante do CSA, em confronto direto pelo G-8, para tentar voltar à liderança da competição.
Enquanto isso, Valentim mira uma semana de ajustes. “Vamos iniciar a semana com as correções necessárias. Temos que aproveitar ao máximo nossas sessões de treino, de campo e de vídeo. Elas servem muito para que nós acertemos tudo aquilo que temos que fazer.”