As duas principais vítimas do sério acidente que envolveu quatro veículos na manhã do último sábado (23), na Avenida John Boyd Dunlop, em Campinas, continuam internadas em estado grave no Hospital da PUC-Campinas, bem próximo ao local da ocorrência.
O motorista que provocou o choque, um jovem de 19 anos, sem carteira de habilitação e com sinais de embriaguez, disputava um racha quando colidiu em alta velocidade com a traseira de outros três automóveis que estavam parados no semáforo fechado, na altura da estação BRT/Roseiras.
Um dos carros atingidos capotou e o seu condutor, um idoso de 65 anos, funcionário da PUC-Campinas, que chegava para trabalhar, ficou preso nas ferragens. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e precisou ser submetido a uma cirurgia para conter uma hemorragia no hospital da universidade. Ele encontra-se em estado gravíssimo. O motorista desabilitado que participava do racha precisou ser intubado e também está em estado crítico na unidade médica. As demais vítimas tiveram apenas ferimentos moderados e leves.
O acidente aconteceu por volta das 6h30 da manhã. Todas as faixas da avenida ficaram interditadas por mais de cinco horas no sentido Campo Grande. A via só foi liberada por volta de 11h45. O caso foi registrado na 2ª Delegacia Seccional de Campinas e será investigado pelo 3° Distrito Policial de Campinas.
“Racha” é infração gravíssima
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em seu artigo 173, parágrafo único, disputar corrida não autorizada pela autoridade competente em via pública, o popular “racha”, constitui infração gravíssima, cuja penalidade é multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo.
Se o indivíduo embriagado ao volante causar lesão corporal culposa, aplica-se pena de detenção de dois a cinco anos, de acordo com artigo 303, § 2º. Em caso de homicídio culposo, a reclusão pode chegar a até oito anos, conforme estabelecido pelo artigo 302, § 3º.