Que o poder aquisitivo de boa parte da população foi comprometido com a pandemia, ninguém tem dúvida. E, por isso, é necessário proteger o bolso de imprevistos como roubo, furto ou acidentes com o carro. Mas como fechar essa conta? Uma alternativa oferecida recentemente pelo mercado é o seguro por assinatura, mais flexível e com menor custo.
No Brasil, cerca de 70% dos veículos não possuem qualquer tipo de seguro ou cobertura para proteção do bem e terceiros, de acordo com dados da CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização).
Para elevar esse percentual de veículos protegidos, surgiram no mercado alguns produtos que atendem essa demanda. Nos dois últimos anos, o preço elevado de carros zero quilômetro levou muitas pessoas a manterem seus carros usados. Esse tipo de seguro flexível e mais barato torna possível a contratação de apólices para veículos mais antigos.
A Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) estima que, nos próximos três anos, a possibilidade de contratação com regras mais flexíveis e, portanto, apólices mais baratas, possa incrementar em 20% a 25% a frota atualmente segurada.
O seguro por assinatura atende principalmente às pessoas que perderam o poder de compra e buscam produtos mais personalizados à sua realidade no momento. No entanto, é importante sempre estar atento ao que está contratando para evitar surpresas, caso aconteça um sinistro.
Nesse caso, é preciso verificar com cautela a apólice contratada, se há cobertura total, contra terceiros e para passageiros. Se há indenização integral e parcial em casos de colisão, incêndios, roubo, furto, alagamento, danos materiais, corporais, entre outros. Vale conferir também se oferece assistência 24 horas com reboque, chaveiro e auxílio mecânico, além de parcelamento da franquia ou voucher de transporte para o uso em caso de sinistro. Assim, o carro e o bolso estarão protegidos e, principalmente, não haverá dores de cabeça, caso haja sinistro.
Em geral, para facilitar o processo, esse tipo de assinatura é 100% digital, com pagamento mensal e vigência flexível. No entanto, para entender como esse produto funciona e tirar dúvidas, o corretor deve ser sempre consultado, pois é o profissional que conseguirá avaliar com o segurado a apólice que melhor atende as suas necessidades.
Walmando Fernandes, administrador de empresas e MBA em gestão empresarial, é Head da Porto Seguro na região de Campinas