“Eu tô que tô, eu tô que tá, a nossa história já vai começar”. Geralmente, ao cantar esses versos, os voluntários de diversos setores da Cia DPaschoal embarcam para mais uma aventura no Balão de Histórias, um projeto que capacita os colaboradores para contar histórias em Organizações da Sociedade Civil em diferentes projetos sociais da cidade.
Lançado em 2016, o projeto está em sua quinta edição, só parando por dois anos por conta da pandemia de Covid-19. Ele faz parte do programa SER Voluntário, que há 10 anos estimula a prática do voluntariado na Cia DPaschoal.
Os colaboradores podem convidar um amigo ou alguém da família para participar do projeto.
“Tem lugar e função para todos, nem precisa se preocupar com a timidez, pois há diferentes atividades que cada um pode contribuir”, conta a coordenadora do programa da Fundação Educar e idealizadora do projeto Balão de Histórias, Simone Santos.
O retorno do programa, no último dia 21, foi na Fundação Eufraten, que se dedica a educar, por meio do autoconhecimento, crianças, adolescentes e jovens que vivem em comunidades do entorno.
No local, os frequentadores fazem yoga, meditação, aprendem a plantar e colher alimentos da horta, jardinagem, práticas esportivas e muito mais. Quem chega à Fundação Eufraten se encanta com a beleza do local, onde boa parte é construída pelas mãos de muitos voluntários.
O desembarque do Balão de Histórias
No dia do Balão de Histórias, cerca de 45 crianças aguardavam, num espaço ao ar livre, para ouvir histórias que fazem parte do acervo de livros do projeto Leia Comigo! da Fundação Educar.
Nem a timidez nem o medo de errar — vistos durante os dois dias de preparação e ensaio realizados pela contadora de histórias da Inspira Sonhos, Juliana Furlanetti — fizeram parte das apresentações. A alegria das crianças se misturava ao encantamento de cada participante do projeto, todos voltaram para casa com gostinho de ‘quero mais’ e já esperando o próximo Balão de Histórias.
No final, todas as crianças levaram para casa um kit com os livros que fizeram parte da contação de histórias, que agora devem reverberar nas suas famílias e em outras crianças.
Dentre os títulos utilizados na contação, e que podem ser baixados gratuitamente no site da Fundação Educar, estavam: Chispa, Gambá!, de Januária Cristina Alves, Lobinho e a porta, de Silvana Rando, A Gritadeira, Tirrim e Cocórico e A aventura das aranhas e outras fábulas, os três últimos de Sandra Aymone. Se você quiser baixar os livros também é só acessar: https://fundacaoeducar.org.br/fundacao-educar-biblioteca/.
Para a coordenadora do programa, que cuida de cada detalhe, o propósito do projeto não é formar grandes contadores de histórias, mas sim colocar essas pessoas em contato com a comunidade do seu entorno. “É um espaço onde conseguimos mostrar que todos nós podemos ser voluntários em muitos projetos da cidade e que podemos fazer muita coisa doando algo que é muito precioso: o tempo”, diz.
A empresa que você trabalha realiza um trabalho voluntário? Se sim, manda pra gente! Pode ser que daí surja uma boa história que merece ser compartilhada. Meu e-mail: [email protected]
Kátia Camargo é jornalista e teve a oportunidade de acompanhar o Balão de Histórias na Fundação Eufraten. Não conhecia o local e voltou encantada com o poder da transformação de um trabalho voluntário. Pretende voltar com a família, e quem sabe tentar ajudar na horta ou no jardim.