Num pronunciamento curto e sem direito a perguntas dos jornalistas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-PL), defendeu o sistema eleitoral brasileiro na noite de domingo logo depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar que a eleição estava matematicamente definida. Aliado de Jair Bolsonaro (PL), Lira é um dos principais líderes do Centrão, que deu amparo político e institucional ao atual presidente.
Lira parabenizou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ressaltou que a “vontade da maioria (dos eleitores) jamais deverá ser contestada”.
Segundo o parlamentar, “as urnas já haviam falado em 2 de outubro” e elas repetiram agora, salientou. Ele diz que não há o que questionar sobre as urnas. Lira, aliás, não apoiou Bolsonaro quando este desacreditou as urnas e tentou emplacar o voto impresso.
“É hora de desarmar os espíritos, estender as mãos aos adversários e constuir pontes”, pediu Arthur Lira.
O deputado alagoano também afirmou que o momento é de “pacificar o País e dar maior qualidade de vida ao povo brasileiro”. Mas deixou um recado, que pode ser interpretado como um pedido para que Bolsonaro não seja perseguido após a sua derrota, no sentido de cobrar sobre seu comportamento e suas atitudes na Presidência. “Não podemos aceitar revanchismos ou perseguições, seja para que lado for”, pediu.
“Viva a democracia e viva o Brasil”, encerrou.