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A aventura solitária de um professor pelo deserto do Atacama

Livro de Paulo Franchetti é a narrativa de um escritor que viajou 11 mil quilômetros de moto e que mergulhou por seu território íntimo

Redação Por Redação
28 de setembro de 2021
em Cidade e Região
Tempo de leitura: 4 mins
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Paulo Franchetti, referência em literatura, fez uma viagem de moto pelo Cone Sul e transformou sua aventura em livro: a moto no Chile, a caminho de Paso do Cristo: Foto: Paulo Francheti/Divulgação

Paulo Franchetti, referência em literatura, fez uma viagem de moto pelo Cone Sul e transformou sua aventura em livro: a moto no Chile, a caminho de Paso do Cristo: Foto: Paulo Francheti/Divulgação

“Ao planejar a viagem, eu só tinha desejado uma coisa: ficar sozinho, com a minha moto, a maior parte do tempo”. Este foi o mote de Paulo Franchetti e que deu origem ao livro A Mão do Deserto, publicado pela Ateliê Editorial. De forma literária e de um relato preciso desde o planejamento da viagem, passando pelo trajeto de 11 mil quilômetros, até o final da jornada, o autor nos leva junto na garupa em uma narrativa imersiva e emocional, colaborando para um itinerário de espaço e tempo, do humano e máquina, da imensidão da paisagem da América do Sul, de um estrangeiro em busca de um desafio a duas rodas.

 

A moto perto do Rio Mendoza Foto: Paulo Franchetti/Divulgação

Na obra, Franchetti aborda a sua aventura solitária, sobre uma motocicleta, até o Atacama, além de ser uma vontade própria de desbravar, também, o deserto íntimo. “Eu tinha idealizado a viagem para que fosse também (ou principalmente) uma viagem interior”, o que prova que não é apenas um livro de viagem, mas a evocação das memórias junto às instigações que despertam as histórias de um motociclista entre as maravilhas das paisagens aos reveses enfrentados na viagem.

 

Salinas Grandes, na Argentina, mais uma das imagens deslumbrantes captadas na viagem Foto: Paulo Franchetti/Divulgação

De forma literária e de um relato preciso desde o planejamento da viagem, passando pelo trajeto de 11 mil quilômetros, até o final da jornada, o autor nos leva junto na garupa em uma narrativa imersiva e emocional

A Mão do Deserto é um livro GPS com destino traçado, mas de percursos vislumbrantes de um amante da literatura e da motocicleta. O leitor é conduzido com celeridade narrativa, mas nunca ultrapassando a boa leitura, entrando de vez na história, viajando pelos lugares monumentais, conhecendo personagens memoráveis e relatos emotivos, combinando, enfim, um ponto de encontro com o autor.

Quem é Paulo Franchetti

Paulo Franchetti foi professor titular no Departamento de Teoria Literária da Unicamp e diretor da editora da mesma universidade por muitos anos. Publicou pela Ateliê Editorial os livros de estudos literários: Estudos de Literatura Brasileira e Portuguesa e Crise em Crise – Notas sobre Poesia e Crítica no Brasil Contemporâneo.

Publicou também o livro de ficção O Sangue dos Dias Transparentes e, agora, A Mão do Deserto (memória de viagem), além dos livros de poesia: Deste Lugar, Memória Futura, ente outros. Seu livro de haicais, Oeste, representa uma das mais admiráveis experiências na recente poesia brasileira. Para a coleção Clássicos Ateliê organizou também O Primo Basílio, Dom Casmurro, Iracema, O Cortiço, A Cidade e as Serras, Clepsidra e Esaú e Jacó.

 

A imagem que inspirou o nome da obra Foto: Divulgação

 

Diário de bordo, com Paulo no Atacama

♦ “Contra a expectativa nascida da visão do percurso desde baixo, a subida do último trecho não foi difícil. Não havia trânsito, o sol ainda estava alto e o GPS mostrava que eu ainda teria quase três horas antes do pôr do sol. Em pé sobre as pedaleiras, sentia que a roda traseira às vezes se movia em falso e que as pedras eram atiradas com força. A roda dianteira de vez em quando oscilava um pouco. Lembrei-me das lições de off road que tomei há tempos e não tentei firmá-la. Tampouco olhei para o chão próximo da roda, mas fixei a vista no horizonte da estrada, deixando à visão periférica o controle do mais imediato. E assim prossegui, para o alto. O barulho de pedras esfregadas umas contra as outras sob os pneus era desafiador e bom, e eu sentia, mais do que percebia de soslaio, aquela paisagem que ia se desdobrando cada vez mais, a perder de vista” (p. 13).

 

Estrada no Altiplano andino Foto: Paulo Franchetti/Divulgação

♦ “Para chegar às ruínas é preciso sair da Ruta e seguir uns cinco quilômetros. A cidadela tem uma vista dominante sobre o vale. Sem a história, aquelas plataformas que vão subindo o morro, sobre as quais se distribuem paredes destruídas e restos de alicerces, não têm grande atrativo. Mas a visão se altera quando sabemos que ali, na cidade sagrada, viveram os Quilmes, que depois de lutar com os incas invasores e garantir o direito de continuar a viver nessas terras, enfrentaram os recém-chegados espanhóis. Resistiram, naquele monte que então começava a parecer-me um grande anfiteatro, por um século e meio, até serem finalmente derrotados e aprisionados. Os sobreviventes, cerca de duas mil pessoas, foram transferidos para uma reserva perto da cidade de Buenos Aires, numa viagem de mais de 1.500 quilômetros, que foi feita a pé, deixando muitos mortos pelo caminho” (p. 78).

 

Região do Rio das Conchas, na Argentina Foto: Paulo Franchetti/Divulgação

♦ “De novo é difícil dizer qual o trecho mais belo da viagem. Mas seguramente um candidato é aquele em que, depois de atravessar o Paso de Jama fui subindo até o GPS mostrar que estava a 4.839 metros de altitude, passando ao lado do Cerro Toco, para então começar a descer em direção a San Pedro de Atacama. Foi esse o percurso que efetivamente dividiu o dia e a viagem em duas partes” (p. 127).

 

Paredão rochoso de Los Castillos, Cafayate Foto: Paulo Franchetti/Divulgação

 

A mão do deserto
Autor: Paulo Franchetti
Ano: 2021
Edição: 1ª
Páginas: 256
Preço: R$51,00

Fonte: Ateliê Editorial (assessoria.imprensa@atelie.com.br)

Tags: A Mão do DesertoAtacamadesertoHora CampinasliteraturalivromotocicletaPaulo FranchettiUnicamp
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