A vida pede passagem e anuncia a sua vitória. A sensação de desamparo deu lugar à esperança nesta terça-feira (3). Na difícil batalha contra o câncer, o casal Cláudia e Johnny ganhou um alento em meio às dores. E que alento.
Depois da indignação, a celebração. O medicamento prescrito para a cura de Cláudia está a caminho. “O Hora Campinas fez toda a diferença”, diz o marido.
Johnny não se continha de alegria na noite desta terça-feira. O sentimento era um contraste à revolta que aumentava a cada dia que passava.
A reportagem publicada pelo Hora revelava a dor de quem via a esposa definhar pela impossibilidade de acesso ao quimioterápico Larotrectinibe 100mg, indicado para o tratamento de Cláudia, depois dela se submeter à segunda cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro.
Plano de saúde do casal, a Unimed Campinas se negava a liberar o medicamento, que não consta no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS). Ao mesmo tempo em que acionava a Justiça, Johnny organizava uma vaquinha para angariar pelo menos R$ 75 mil, o valor de uma caixa do Larotrectinibe 100mg, com uso limitado por um mês.
A dor do casal e a informação de que a Justiça havia concedido liminar obrigando o convênio a liberar o medicamento em até cinco dias chegaram ao conhecimento da Unimed por meio da matéria do Hora. E no mesmo dia da publicação, o convênio se mobilizou.
“Conversamos com a Unimed”, conta Johnny. “Eles disseram que ainda não haviam sido notificados pela Justiça, mas que, por causa da matéria, a diretoria havia autorizado a compra do medicamento. A compra está sendo priorizada”, comemora.
A expectativa agora é de que Cláudia inicie o mais rápido possível o tratamento com Larotrectinibe 100mg, já que ela está perdendo os movimentos dos membros superiores e inferiores em função da ausência do quimioterápico.
O drama de Cláudia começou em novembro de 2021, quando um câncer do lado esquerdo, na altura da orelha, foi diagnosticado. Em janeiro do ano seguinte, o tumor foi extraído após 9h de cirurgia. O tratamento seguiu, com 30 sessões de radioterapia e 12 ciclos de quimioterapia, mas o tumor voltou.
“No último dia 21 de junho, ela fez uma nova cirurgia e depois se submeteu a mais dez sessões de radioterapia”, explica Johnny, que agora prosseguirá na batalha ao lado da esposa com dose extra de esperança. Nesta sexta-feira, Cláudia completa 54 anos de idade.
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