Não sei se você já reparou, mas as cores têm o poder de transmitir o que sentimos e provocam estímulos em quem nos observa de forma consciente e inconsciente. Sendo grandes influenciadoras e bastante relevantes ao olhar. Por exemplo, quando uma marca focada em saúde, como a Unimed, escolhe o tom verde para o seu logo e identidade visual é porque essa cor transmite uma tranquilidade, segurança e está associada ao equilíbrio. Ou marcas de bebida ou comida, como uma Coca-Cola, que associa um vermelho é porque essa cor estimula à sensação de fome e apetite. Isso quer dizer que a escolha da cor também causa um forte impacto na hora de se vestir.
Muitas pessoas escolhem uma cor porque gostam do tom, mas nem imaginam que ela pode ir muito além da estética e favorece também na beleza natural e nas emoções que elas vão provocar nas pessoas com quem vão se relacionar ao longo do dia, seja em casa ou em reuniões home office.
Para explicar um pouco mais sobre essas influências, conversei com a consultora de imagem e especialista em coloração pessoal, Janaína Romanini, que deu algumas dicas na hora dessa escolha.
“Desde a década de 1980, as cores são utilizadas como ferramentas de imagens, porém, somente nos últimos anos, que a análise da coloração pessoal tem se popularizado e vem ganhando cada dia mais adeptos”, diz Janaina.
O boom do acesso à informação desmitificou a imagem desse tipo de consultoria. “As pessoas achavam que a análise de coloração era um processo exclusivo das celebridades ou de pessoas que possuíam grande poder aquisitivo. Hoje, elas entendem os benefícios por um valor acessível”, comenta a profissional.
Quando a análise das cores é feita de forma correta, o resultado traz confiança e melhora a autoestima. A especialista conta que a maior parte dos seus clientes é formada por mulheres, mas que a análise é muito útil também para os homens e traz resultados não só na vida pessoal, mas também profissional.
“O resultado traz confiança e melhora a autoestima da pessoa, isso pode ser determinante para alcançar novas metas na carreira, além disso, entendendo o que funciona melhor no visual, a pessoa consegue transmitir uma mensagem positiva por meio da imagem, conquistando uma vaga ou uma promoção no trabalho”, destaca a consultor de imagem.
Janaína alerta que o teste deve ser feito por um profissional especializado, com um olhar apurado e que deverá analisar vários fatores, como o contraste, temperatura, sub tom, intensidade e profundidade, levando em consideração as cores predominantes de cada pessoa, que podem ser observadas nas
sobrancelhas, cabelo, olhos e na pele.
“A coloração pessoal é somente um dos passos para conquistar uma aparência mais confiante. Uma boa forma de tentar descobrir se você tem a pele fria ou quente é olhando o seu armário. Quem se sente mais bonita (com cara de saudável, radiante) usando pink, preto, tonalidades de azul e lilás pode ter a coloração mais fria, e quem se sente maravilhosa quando usa peças alaranjadas, douradas, salmão ou turquesa, pode ter a coloração mais quente”, ressalta a consultora.
As cores que não funcionam muito para um certo tipo de pessoa, são capazes de “apagar” o visual e ressaltar tudo aquilo que te incomoda. A análise de cores é uma teoria que define 12 cartelas diferentes de coloração, tendo como referência as quatro estações da natureza.
“Primavera, verão, outono e inverno podem ainda ser divididos em intensos, profundos ou puros. Cada pessoa é uma estação do ano, de acordo com o método da análise de coloração pessoal.Primavera: cores claras, brilhantes, alegres e luminosas; Verão: cores suaves,acinzentadas e sutis; Outono: cores quentes, profundas e terrosas; Inverno:cores puras, intensas e dramáticas”, explica a consultora.
Ao contrário do que pode parecer, o objetivo dessa descoberta não é se livrar de todas as roupas que não estão na sua cartela e sim dar liberdade, confiança e motivação para sair da zona de conforto e testar novas cores sem medo de errar ou pesar no visual. “Valorizar a beleza natural é se conhecer melhor, algo que tem sido valorizado muito nos últimos anos. As pessoas se permitem variar na maquiagem, acessórios e combinar cores, extraindo o melhor de cada uma e imprimindo o seu verdadeiro estilo sem se sentir desconfortável com o novo
look”, garante Janaína.
A especialista ainda afirma que a consultoria traz economia para quem contrata. “Muitas aprendem a reinventar aquela roupa que estava esquecida no guarda-roupa ou que ainda estava com etiqueta, também deixa de adquirir peças desnecessárias e passa a fazer compras de forma mais inteligente e econômica”, completa Janaina.
Daniela Nucci é jornalista – [email protected]