A Academia Campinense de Letras (ACL) e a Sociedade de Veteranos MMDC Campinas – Núcleo Aldo Chioratto convidam para a celebração dos 91 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. A solenidade acontece no dia 6 de julho, quinta-feira, às 19h30, na sede da ACL, à Rua Marechal Deodoro, 525, área central da cidade. O convite é assinado pelo presidente da entidade literária, o historiador e escritor Jorge Alves de Lima.
O evento contará com a outorga da Moeda Challenge Coins – Guilherme de Almeida para personalidades civis e militares. Segundo a ACL, são nomes “que muito fazem por São Paulo, pelo Brasil e bem como pelo Culto à Revolução Constitucionalista de 32.”
A história
M.M.D.C. é o acrônimo pelo qual se tornou conhecido o levante revolucionário paulista, em virtude das iniciais dos nomes dos manifestantes paulistas Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo mortos pelas tropas federais num confronto ocorrido em 23 de maio de 1932, que antecedeu e originou a Revolução Constitucionalista de 1932.
Em 1932, o Brasil vivia um período do regime varguista em que era governado sem uma Constituição formal que delimitasse os poderes do presidente da República ou que tornasse claras as diferenças entre os três poderes. Igualmente, não havia Congresso Nacional, assembleia legislativa e câmaras municipais.
Contrários a isso, os paulistas começaram a se movimentar contra a ditadura Vargas, e os estudantes prepararam uma série de manifestações contra Getúlio Vargas, que eclodiram por toda a capital, num clima de crescente revolta, no dia 23 de maio daquele ano.
Um grupo tentou invadir a Liga Revolucionária, uma célula da Revolução de 1930, organização favorável ao regime de Getúlio Vargas situada nas proximidades da praça da República.
Os governistas da Liga resistiram com armas e quatro invasores acabaram mortos: Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e
Antônio Camargo de Andrade. Três pereceram durante o confronto. O quarto morreu algum tempo depois, em virtude dos ferimentos. Um quinto ferido, o estudante Orlando de Oliveira Alvarenga, morreu dali a três meses e, por esse motivo, não teve seu nome associado ao movimento.
Atualmente, as iniciais MMDC são o nome de ruas em vários lugares do País, inclusive em Campinas. A via fica no Cambuí.
Campinas tem apreço pela história e cultua a data todos os anos. Os ex-combatentes (todos já morreram) se reuniam diante do Mausoléu da Avenida da Saudade, no Cemitério da Saudadei. Atualmente, seus familiares, apoiadores da causa e lideranças sociais e políticas mantêm a tradição da cerimônia. Campinas tem em sua passagem da história bombardeios das tropas de Vargas porque aqui havia resistência.
Com informações da Wikipedia e da Campinas de Antigamente
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